Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, receberam na manhã desta quinta-feira (24) cerca de 2 milhões de assinaturas contra o texto do Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados, que está sob análise da presidente Dilma Rousseff.
Dilma tem até sexta-feira (25) para decidir sobre o que fazer com o texto. A versão da Câmara desagradou ao Planalto, que preferia a versão do Senado Federal, considerada mais equilibrada entre as reivindicações de ambientalistas e ruralistas.
"Essa reunião tem, sem dúvida, um lado histórico. A presidenta ter pedido para três ministros ouvirem o que 2 milhões de pessoas disseram mostra que faz diferença elas se mobilizarem", disse o diretor de campanhas da organização internacional Avaaz, Pedro Abramovay. A Avaaz é uma organização global de campanhas que possui mais de 1,5 milhão de membros no País.
De acordo com Abramovay, mais de 300 mil assinaturas são de brasileiros - franceses, alemães e holandeses também demonstraram preocupação com as consequências do texto do Código aprovado pela Câmara. As assinaturas não foram impressas às autoridades. Em vez disso, foi entregue uma foto de uma página na internet indicando a contagem do número de assinaturas.
"O texto aprovado é um texto horrível. É muito difícil pensar uma solução que respeite algum pedaço desse texto, é o texto do desmatamento. A gente quer o veto total ao desmatamento. Esse texto com aquilo que está lá tem de ser inteiramente rechaçado", criticou. "Sem dúvida, agora vamos acompanhar vigilantes e observando para saber se a decisão que a presidenta Dilma vai tomar é uma decisão a favor da motosserra ou se é uma decisão a favor do desenvolvimento sustentável." Entre os assinantes estão a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o cineasta Fernando Meirelles, de "Cidade de Deus" e "O jardineiro fiel".
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