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Dois policiais militares foram presos, na manhã desta quinta-feira (1º), acusados de envolvimento no assassinato de Renné Senna, que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena em 2005. Eles chegavam para trabalhar no 16º BPM (Olaria) e no 9º (Rocha Miranda), no subúrbio do Rio.

Os nomes não foram divulgados. A Corregedoria da Polícia Militar, que fica no Rio de Janeiro, efetuou a prisão temporária deles. Eles foram levados para a Delegacia de Homicídios, no Centro, onde vão prestar depoimento e depois serão encaminhados para exame de corpo de delito.

De acordo com a polícia eles seriam seguranças do Renné. Além da prisão, foram expedidos também mandados de busca e apreensão para verificar a residência e os armários que os PMs usam no quartel.

Outros dois suspeitos ainda são procurados pela polícia. Eles seriam um ex-policial militar e um informante da polícia.

Os investigadores dizem que o crime do milionário pode ter ligação com a morte de David Vilhena, um PM que também foi segurança de Renné, em setembro de 2006, numa falsa blitz na Ilha do Governador, no subúrbio do Rio de Janeiro. Vilhena teria descoberto um plano para seqüestrar Renné Senna. Ao saber do planejamento, o milionário teria afastado os seguranças. Um deles seria o segundo amante de Adriana Almeida. O primeiro a ser identificado foi o motorista de van Robson de Andrade, que prestou depoimento na noite de sábado (27).

Advogado vai pedir habeas corpus

Nesta quinta-feira (1º), o advogado da viúva do milionário da Mega-Sena, Alexandre Dumans, pretende dar entrada no pedido de habeas corpus para que Adriana Almeida responda ao inquérito em liberdade. "Vamos fazer isso pela primeira hora do dia", avisou o advogado Ricardo Cerqueira, um dos defensores da viúva do milionário da Mega-Sena.

A demora, segundo Dumans, se deu porque só nesta quarta-feira (31) foi possível ter acesso ao conteúdo do despacho da juíza Renata Gil de Alcântra, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito. De acordo com os advogados, diferentemnte do que a polícia divulgou, a ex-cabeleireira não tinha intenção de fugir, porque não era foragida. "O indiciamento foi impróprio e precipitado", disse Dumans, que queria reapresentar sua cliente para refazer o depoimento.

Segundo ele, Adriana não tem passaporte e nunca havia pensado em sair de Rio Bonito, na Baixada Literânea, onde morava com Renné Senna em uma fazenda, e só tomou a decisão por causa da hostilidade dos moradores da região. Adriana foi indiciada por homicídio duplamente qualificado do ex-lavrador Renné Senna.

Viúva dorme no chão da cadeia

A primeira noite da ex-cabeleireira Adriana Almeida na cadeia não teve direito a regalias. Segundo funcionários da carceragem feminina da Polinter, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, a viúva do milionário da Mega-Sena teria passado a noite em claro, aos prantos.

Instalada numa cela comum, a ex-cabeleireira divide o espaço com mais cinco presas de baixa periculosidade e não teria sofrido ameaças. Adriana dormiu em um colchonete no chão e comeu arroz, feijão, farofa e ensopado de carne com legumes da quentinha distribuída às presas.

Delegado tranfere o caso

Uma mudança importante nas investigações na área policial. O delegado da 119ª DP (Rio Bonito), Ademir de Oliveira, transferiu o caso para a Delegacia de Homicídios. Oliveira está saindo por problemas de saúde.

"Vou ter de fazer uma bateria de exames e não poderei me dedicar ao caso como ele exige. As investigações estão num ritmo muito bom. Até agora, a única hipótese descartada para o crime é a de latrocínio", disse o delegado que passou 23 dias investigando o assassinato.

Oliveira disse ainda que tentou prender Adriana na última segunda-feira (29), mas não a encontrou em nenhum de seus endereços. Uma ligação feita para o Disque-Denúncia revelou que a viúva estava num hotel em Camboinhas, em Niterói, no Grande Rio.

Durante a prisão de Adriana Almeida, na terça-feira (30), Ademir passou mal e deu entrada no setor de emergência do Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ele foi medicado e liberado em seguida. Agora, Ademir vai fazer uma série de exames e não terá condições de acompanhar o inquérito. O novo responsável pelo caso é o delegado Roberto Cardoso.

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