Dois vice-líderes do governo no Senado anunciaram nesta sexta-feira (22) em pronunciamentos na tribuna da Casa que votarão pela admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Caso a admissibilidade seja aprovada pelo Senado, a presidente será afastada por até 180 dias enquanto é feito o julgamento do mérito do processo. Wellington Fagundes (PR-MT) e Hélio José (PMDB-DF) ainda não tinham se posicionado sobre o processo.
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“Vamos votar, sim, pela admissibilidade, porque politicamente o país já está maduro para isso. A população se manifestou e, felizmente, não tivemos nenhum incidente. Não tivermos morte, ou seja, a democracia está funcionando plenamente no país. Os poderes estão funcionando plenamente”, disse Fagundes, que é titular na comissão que analisará o processo.
“Eu já deixei claro que a questão da admissibilidade do processo e, consequentemente, a questão do nosso presidente Temer, presidente nacional do nosso Partido, assumir por 180 dias é, praticamente, na minha visão, normal nessa circunstância. Na comissão de admissibilidade, serei pela admissão do processo”, disse Hélio José, suplente na comissão.
Com a declaração de Fagundes, já são 15 os senadores que se declararam a favor e apenas cinco contrários ao processo. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) tinha se declarado a favor, mas como foi indicado para presidir o colegiado pediu para que seu status fosse alterado para “indeciso”.
Os dois vice-líderes do governo que discursaram nesta sexta-feira ressaltaram que o voto deles não antecipa o posicionamento deles quanto à condenação de Dilma ao final do processo. Eles afirmam que para esta fase vão analisar o decorrer do trabalho no Senado para decidirem. O senador Hélio José mencionou o fato de ser vice-líder do governo, mas ressaltou que representa na Casa tanto Dilma quanto o vice Michel Temer.
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