O dólar à vista fechou em alta de 1,78% nesta sexta-feira, graças à retomada dos leilões de "swap" reverso do Banco Central. A cotação terminou o dia valendo R$ 2,227 na compra e R$ 2,229 na venda, acumulando alta de 1,25% na semana.A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alternou tendências por todo o dia e acabou por fechar praticamente estável nesta sexta-feira, com discreta alta de 0,05%. O Índice Bovespa terminou o dia em 31.102 pontos e o volume financeiro total da bolsa somou R$ 2,209 bilhões, o melhor da semana.
No acumulado da semana, o Ibovespa subiu 1,94%, graças ao arrefecimento das especulações sobre a permanência do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na CPI dos Bingos.
O Banco Central anunciou na noite de quinta-feira que faria nesta sexta um leilão de contratos de swap reverso. Na prática, quando o BC vende esses contratos, está adquirindo dólares no mercado futuro. Foram vendidos US$ 404 milhões em contratos com vencimentos entre março de 2006 e janeiro de 2008. Para completar, o BC ainda comprou dólares no mercado à vista, como tem feito desde o início de outubro.
Desde 22 de março que não eram realizados leilões de swap reverso. A retomada era esperada para qualquer momento, visto que recentemente o BC havia divulgado mudanças nas regras desse leilão. Embora o BC alegue que os leilões se destinam a reduzir a dívida pública em dólares, o mercado entende que esse tipo de operação tem por objetivo promover um ajuste no preço do dólar, que não parava de cair.
- Os leilões do BC tendem a promover um ajuste nos preços do dólar, mas não se deve esperar uma alta significativa. É preciso lembrar que os juros altos e a balança comercial superavitária continuam a puxar o dólar para baixo - disse Shiguemi Fujisaki, gerente de câmbio da corretora Socopa.
Segundo Fujisaki, tudo dependerá da constância dos leilões do BC. Ele acredita que uma eventual ausência do BC em períodos em torno de uma semana poderá levar o dólar a perder todo o valor ganho.
Já para Sidnei Moura Nehme, diretor da corretora NGO, a venda desses swaps não vão impedir as quedas do dólar e ainda vão gerar maior volatilidade. Ele afirma que não interessa ao BC uma alta significativa do dólar, já que a queda da cotação ajuda no combate à inflação.
AçõesCom a escassez de notícias, o mercado acompanhou as bolsas americanas e já mostrou influência do vencimento do mercado de opções, na segunda-feira. O cenário político continuou mais ameno, mas a cautela continuou presente. Para a próxima semana, os investidores terão como destaque a definição sobre um provável depoimento de Palocci na CPI dos Bingos.
Entre as 57 ações do Ibovespa, as maiores altas foram de Light ON (+11,22%) e Tele Centro Oeste PN (+2,93%). As quedas mais significativas do índice ficaram com Comgás PNA (-4,16%) e Itaubanco PN (-3,22%).
JurosAs projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa, apesar do salto do dólar. O mercado futuro de juros já se concentra na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na próxima semana. A expectativa é de um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica, hoje de 19% ao ano.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,25% ao ano, contra 18,28% do fechamento de quinta-feira. O DI de outubro do ano que vem teve a taxa reduzida de 17,23% para 17,17% anuais. A taxa de janeiro de 2007 ficou em 17,13% anuais, frente aos 17,16% anteriores.
ParaleloO dólar paralelo negociado em São Paulo fechou em alta de 0,82% nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,37 na compra e R$ 2,47 na venda. Já o dólar turismo recuou 0,43%, a R$ 2,14 e R$ 2,29 na compra e venda, respectivamente.
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