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A redução do volume de compras do Banco Central fez o dólar fechar em queda nesta segunda-feira, e pelo segundo dia consecutivo. A moeda americana caiu 0,88% e encerrou o dia valendo R$ 2,256 na compra e R$ 2,258 na venda. Ao contrário do real, que se valorizou, as ações perdem valor neste início de semana. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tinha queda de 0,73% às 17 horas, aos 36.427 pontos.

Assim como aconteceu na sexta-feira, o BC ofertou aos bancos 4.250 contratos de swap cambial reverso, metade do que vinha ofertando desde outubro em seus leilões diários. Na venda do swap reverso, o BC assume posição ativa ("comprada") em dólares, trocando de posição com os bancos. A operação equivale a uma compra de dólares no mercado futuro, o que em tese poderia pressionar o dólar para cima. Com a menor pressão do BC, o dólar volta à tendência tida como

Segundo o economista Sidnei Moura Nehme, diretor da corretora NGO, a baixa do dólar interessa ao Banco Central, que tem na depreciação do dólar um importante instrumento para conter a inflação. Por conta disso, ele acredita que a cotação deverá continuar em baixa, para que a taxa Selic também possa continuar a recuar.

O BC vendeu todo o lote de 4.250 contratos de swap, que corresponderam a US$ 401 milhões. À tarde, também comprou dólares no mercado à vista, diretamente dos bancos. Pelos recursos, pagou R$ 2,258.

Um dos destaques do dia foi a confirmação de uma notícia que o mercado já esperava. Com os leilões de swap reverso e as compras no mercado à vista, o BC conseguiu zerar a dívida pública interna atrelada ao dólar. Semanas atrás, o país também quitou, antecipadamente, uma dívida de US$ 15,5 bilhões que tinha junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta na maior parte dos contratos. O destaque do dia foi a divulgação do Boletim Focus. A pesquisa do Banco Central mostrou que os analistas aumentaram de 4,58% para 4,61% o prognóstico para a inflação de 2006. A previsão para a taxa Selic em dezembro foi mantida em 15% ao ano.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 16,07% ao ano, contra 16,05% do fechamento de sexta-feira. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa elevada de 15,84% para 15,89% ao ano. A taxa de abril do ano que vem subiu de 15,65% para 15,71% anuais.

A principal expectativa do mercado nesta semana é a ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O comitê reduziu a taxa Selic em 0,75 ponto percentual na semana passada. Na ata devem estar contidos os motivos da redução, dentro de um contexto específico de inflação e crescimento econômico. Além disso, o mercado espera obter dicas do ritmo dos próximos cortes de juros.

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