O dólar comercial interrompeu uma seqüência de oito quedas e fechou nesta sexta-feira em alta de 0,21%, a R$ 2,308 na compra e R$ 2,310 na venda. O risco-país terminou o dia em 380 pontos, seis pontos a menos do que o fechamento de quinta-feira. A Bovespa fechou em alta de 0,18%, com o Ibovespa aos 26.517 e pontos e volume financeiro de R$ 1,323 bilhão.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se descolou de Nova York e fechou em alta de 0,18%. O Ibovespa chegou a 26.517 pontos e volume financeiro de R$ 1,323 bilhão. Na máxima do dia, o Índice Bovespa subiu 1,57% (26.881 pontos) e na mínima caiu 0,43% (26.350 pontos). Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 1,82%.
Entre as ações mais negociadas nesta sexta-feira estiveram Gerdau PN, NET PN e Usiminas PNA. Por conta do bom resultado financeiro, as ações preferenciais da NET apresentaram a maior alta no Ibovespa nesta sexta-feira (8,57%), valendo R$ 0,76 o lote de mil. Gerdau PN subiu 4,68% e Gerdau Met PN teve alta de 2,97%. Entre as baixas estiveram Brasil ON (4,97%), Tele Leste Celular PN (3,67%) e Klabin PN (3,17%).
Nos Estados Unidos, o desempenho das bolsas foi prejudicado pelos resultados de criação de novas vagas de trabalho, que geraram renda maior para a população e possibilidade de inflação. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,49% e o Nasdaq teve redução de 0,61%.
CÂMBIO - O mercado financeiro operou com volatilidade, principalmente no período da tarde. Com a aproximação do final de semana e a expectativa sobre novas denúncias envolvendo o governo, como ocorre desde o início da crise, os investidores não quiseram ficar desarmados.
Também preocupou, de certa forma, a cotação do barril do petróleo, que fechou acima de US$ 62 em Nova York. Segundo analistas, a alta do rendimento dos juros dos títulos americanos (Treasuries) e a valorização do dólar frente a outras moedas no exterior também contribuíram para a alta da moeda americana hoje.
O dólar chegou a ser negociado abaixo de R$ 2,30 (R$ 2,288 na venda) pela manhã, mas não conseguiu se manter neste patamar, apesar do fluxo positivo. Para Hideaki Iha, operador de câmbio da Corretora Souza Barros, a tendência da moeda americana, no entanto, ainda é de baixa, já que a entrada de recursos no país é grande.
- A entrada de recursos no país é grande e a crise política já não preocupa muito. Tudo indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não será afetado com as denúncias de corrupção e a economia seguirá normalmente, fazendo a cotação do dólar continuar caindo - afirmou Iha.
Segundo o operador da Souza Barros, com a ausência da compra de dólares pelo Tesouro Nacional a cotação não deve subir. No Banco Central, os leilões de compra de dólares foram suspensos no mercado à vista em março.
- Enquanto o Banco do Brasil (que em geral compra dólares em nome do Tesouro) estiver vendendo dólares, ninguém vai sair por aí comprando - disse Iha.
Os investidores dividiram a atenção nesta sexta-feira aos dados da produção industrial brasileira e à divulgação do nível de emprego nos Estados Unidos. Foram criados em julho nos Estados Unidos 207 mil empregos, número acima das expectativas dos analistas, de 180 mil vagas. A taxa de desemprego manteve-se em 5%, de acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial do país cresceu 5% no primeiro semestre deste ano. No mês de junho e em relação a maio, a expansão foi de 1,6%, já descontados os efeitos sazonais.
JUROS - Os juros futuros terminaram em queda na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) nesta sexta-feira. O Depósito Interfinanceiro (DI) de setembro de 2005 fechou em 19,67%, contra 19,68% no dia anterior. A taxa de outubro ficou em 19,59%, ante 19,61% no fechamento de quinta-feira. Para abril do ano que vem a taxa terminou o dia em 18,53% ao ano, contra 18,59% do último fechamento. Para julho de 2006, o DI ficou em 18,18%, ante 18,24% no dia anterior.
BLACK- O dólar paralelo fechou nesta sexta-feira em queda de 0,37%, a R$ 2,550 na compra e R$ 2,640 na venda. No Rio, o black fechou estável, a R$ 2,440 na compra e R$ 2,550 na venda. O dólar turismo em São Paulo terminou o dia estável, a R$ 2,280 na compra e R$ 2,460 na venda.
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