O dólar à vista fechou praticamente estável nesta terça-feira, mas encerrou janeiro com queda nada desprezível. A moeda americana fechou cotada a R$ 2,213 na compra e R$ 2,215 na venda. A baixa foi de 0,09% no dia e de 4,69% no mês. Mais uma vez, os analistas atribuem a desvalorização do dólar ao ingresso de recursos externos ao país, atraídos pelo cenário interno positivo e, principalmente, pelos altos juros pagos pelo país.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inverteu a tendência de baixa com que vinha operando e subia 0,43% às 17 horas. Ao contrário de quem investiu em dólar, os investidores do mercado de ações só têm motivos para comemorar. A Bovespa tem alta superior a 14% no mês e está na liderança isolada no ranking de aplicações.
O dólar chegou a enfrentar momentos de volatilidade, devido à tradicional disputa de fim de mês entre investidores do mercado futuro de câmbio. A Ptax do último dia do mês é referência para a liquidação de contratos de câmbio no mercado futuro. A taxa é uma média ponderada do dólar, calculada diariamente.
- Mesmo sendo um dia de formação da Ptax, o mercado não deixou de refletir o cenário positivo. O risco-país se mantém nas mínimas históricas, a taxa de juros brasileira é a maior do mundo e o país acaba de promover uma captação de 300 milhões de euros - disse Marcos Forgione, gerente de câmbio da corretora Souza Barros.
Ele afirma que a tendência é o dólar continuar nesse ritmo, mesmo com as compras do Banco Central. Segundo o analista, o BC sabe que suas compras nos mercados à vista e futuro não têm força para impedir as quedas, mas o faz para mostrar que continua atento ao mercado.
As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em leve baixa neste dia relativamente tranqüilo no mercado futuro. O dia foi dedicado principalmente aos ajustes de final de mês.
O Depósito Interfinanceiro (DI) de outubro fechou com taxa de 16,05% ao ano, contra 16,08% do fechamento de segunda-feira. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa reduzida de 15,91% para 15,90% anuais. A taxa de abril do ano que vem ficou estável, em 15,73% anuais. A taxa Selic é hoje de 17,25% ao ano.
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