O doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF), teve contato com a alta cúpula de três empreiteiras. A informação foi publicada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, a PF achou troca de mensagens de Youssef com Eduardo Leite, vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa; Ricardo Pessoa, presidente da UTC/ Constran; e Mateus Coutinho, diretor-financeiro da OAS. A Camargo Corrêa é, inclusive, um dos focos da investigação da PF por participar do consórcio de construção da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Já Youssef é acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado a R$ 10 bilhões. Ainda segundo a publicação, o doleiro apresentou o deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA), alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara, ao diretor financeiro da OAS. Procurado pelo jornal, o advogado da Camargo Côrrea disse que "não pode comentar os vazamentos seletivos sem conhecer o contexto". Já a UTC não se manifestou ao jornal sobre que tipo de relação o executivo tem com o doleiro. A OAS não se pronunciou.
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