O doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Operação Lava Jato, vai colaborar com investigações do Ministério Público do Paraná (MP-PR) sobre o caso Copel/Olvepar – que teria desviado mais de R$ 84 milhões de dinheiro público estadual em 2002.
A colaboração foi acertada durante uma reunião nesta quinta-feira (25) entre o MP-PR, o Ministério Público Federal (MPF) e o doleiro na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde ele está preso.
“É uma reunião de interesse do estado do Paraná junto com o Ministério Público Federal. Se ele puder colaborar, com certeza vai colaborar”, disse o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto. “Existe uma investigação antiga que trata do processo da Copel /Olvepar e outros fatos que também foram ventilados”, revelou o advogado ao deixar a reunião.
De acordo com Figueiredo Basto, o caso Copel/Olvepar não será a única investigação com a qual Youssef deve colaborar com o MP-PR. “Também [vai colaborar] sobre fatos recentes, mas esses aí são sigilosos e eu não posso falar”, disse o advogado do doleiro.
O Ministério Público do Paraná confirmou a reunião desta quinta-feira, mas não deu detalhes de quais investigações poderão ter a ajuda do doleiro Alberto Youssef.
Entenda o caso
Em 2002, a empresa de transportes Rodosafra tinha um crédito de R$ 15 milhões para receber da Olvepar (Óleos e Vegetais Paraná S/A). Como a Olvepar passava por dificuldades, ofereceu como pagamento um crédito de ICMS que tinha com o governo do estado. Os créditos, porém, foram considerados irregulares pelo Tribunal de Justiça (TJ) em 2000.
Em novembro de 2002, o governo paranaense autorizou o reconhecimento de créditos de ICMS no valor de R$ 67 milhões. A Copel comprou, “com desconto”, um total de R$ 45 milhões em créditos de ICMS da Olvepar, pelo valor de R$ 39,6 milhões.
Segundo as investigações, o valor total do prejuízo foi de R$ 84,6 milhões: R$ 39,6 milhões desembolsados pela Copel e R$ 45 milhões referentes ao ICMS que a Olvepar deixou de pagar ao estado.
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