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A doméstica Sirlei Dias de Carvalho Pinto, 32 anos, agredida na madrugada do dia 23 de junho por cinco jovens, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, chegou nesta sexta-feira para a audiência de sumário de acusação na 38ª Vara Criminal da Capital, no Centro do Rio. Seis testemunhas serão ouvidas pelo juiz Jorge Luiz Lê Cocq D'Oliveira.

Assustada, Sirlei não quer voltar a trabalhar no antigo emprego. "Falei com o meu patrão hoje. O prédio é bem em frente onde tudo aconteceu. Não quero voltar para lá, não". O pai da vítima, Renato Carvalho, que a acompanhou até o Fórum, disse que a filha ainda sofre muito. "A recuperação física pode ser mais rápida, mas a psicológica vai ser difícil", comentou.

Ainda visivelmente abatida, Sirlei disse que retirou o gesso do braço direito, lesionado nas agressões, mas que continua sentindo dores, inclusive na cabeça. Sirlei acrescentou que também não conseguiu superar o trauma da violência que sofreu. "Eu não posso ficar sozinha nem por um minuto. Não importa onde eu esteja. Até mesmo dentro da minha casa. Acho que tudo pode acontecer de novo", contou.

Fisioterapia

Ela conseguiu, há 10 dias, o benefício do auxílio saúde e está amparada pelo INSS. Ele vai ser submetida a outras perícias pelo órgão e também no Instituto Médico-Legal. "Na época da agressão ela foi periciada com o braço engessado, e ele continua comprometido. Ela está fazendo fisioterapia", afirmou o advogado Ricardo Maris.

Além de Sirlei, serão ouvidos pelo juiz Ana Lúcia Codeiro Julião da Costa e Ângela Maria Gomes dos Santos – ambas também teriam sido agredidas pelos rapazes -; o taxista Márcio Abreu Braga Magalhães, que denunciou a agressão e entregou ao porteiro do prédio o número da placa do carro; Arthur Fernandes de Campos da Paz, que estava com o grupo mas disse que não saiu do carro; e o porteiro Marcus Antônio Henrique de Oliveira.

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