Apontado como possível candidato a presidente em 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), venceria a disputa pelo Planalto ao menos em seu estado – que tem o maior eleitorado do país. Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta sexta-feira (31) mostra que Doria tem hoje 26,3% das intenções de voto dos paulistas, bem à frente do ex-presidente Lula (PT) – o segundo colocado, com 15,2%. O instituto mediu apenas as intenções de votos dos eleitores do estado de São Paulo.
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João Doria vem negando que pretenda ser candidato a presidente. Oficialmente, apoia o governador de São Paulo, o também tucano Geraldo Alckmin – que já anunciou sua pretensão de disputar o Planalto. Mas uma ala do PSDB já começa a defender o nome do prefeito. Principalmente porque Alckmin e os senadores Aécio Neves e José Serra – outros integrantes do partido que também pleiteiam a Presidência – foram citados nas investigações da Lava Jato, o que pode inviabilizar suas candidaturas.
Empate técnico em segundo
A pesquisa mostra ainda que, logo na sequência de Lula, foram citados o deputado Jair Bolsonaro (PSC, com 12,2%) e a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (Rede, 11,6%). Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, Lula, Bolsonaro e Marina estariam tecnicamente empatados na segunda posição.
Nesse cenário eleitoral, também foram incluídos na pesquisa estimulado o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (que aparece com 7,1%), o presidente Michel Temer (PMDB, 4,1%), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT, 3,7%) e o senador paranaense Alvaro Dias (PV, 3,0%). Disseram não saber em quem votar 5,1% . Não votariam em nenhum deles 5,1% dos entrevistados.
Preferência entre tucanos
A pesquisa também mediu qual tucano os paulistas mais estariam propensos a votar para presidente. Doria, novamente, ficou à frente, com 32,5% das citações. Em segundo viriam Alckmin (23,6%), Serra (10,4%), Aécio (7,1%) e o governador do Paraná, Beto Richa (0,7%).
Essa preferência também se reflete nos outros dois cenários eleitorais para presidente avaliados na pesquisa, com Alckmin e Aécio como o concorrente do PSDB. Apenas Alckmin teria uma vitória fácil no estado de São Paulo. Teria pouco menos votos que Doria: 24,6%. Mas ainda assim lidera as intenções de voto entre os paulistas nesse cenário. Logo depois viriam Lula (14,5%), Bolsonaro (13,6%), Marina (10,2%), Joaquim Barbosa (8,2%), Ciro Gomes (3,5%), Michel Temer (3,4%) e Alvaro Dias (3,1%). Não sabem em quem votar 6,1% e disseram que não escolheriam nenhum desses nomes outros 12,9%.
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Na terceira simulação presidencial, com Aécio como candidato tucano, quem lidera é Lula, com 15,8%. Mas haveria um empate técnico com outros três candidatos: Bolsonaro (14,3%), Marina (12,5%) e Aécio (11,9%). Joaquim Barbosa ficaria com 9,4%, seguido por Temer (4,3%), Ciro Gomes (4,0%) e Alvaro Dias (3,5%). Não votariam em nenhuma dessas opções 17,6% dos paulistas. E não souberam dizer 6,7%.
Governo de São Paulo
Doria também se sairia bem se decidisse disputar o governo de São Paulo. No cenário em que ele é o candidato tucano, estaria à frente com 44,7% das intenções de voto. Bem atrás aparece o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), com 13,2%. Fecham a lista o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT, 9,2%), o ministro Gilberto Kassab (PSD, 7,8%), o vice-governador Márcio França (PSB, 3,1%) e o deputado estadual Carlos Giannazi (PSol, 1,5%). Não sabem em quem votar 6,2%. Não escolheriam nenhum dos candidatos 14,3% dos entrevistados.
O outro cenário incluiu José Serra como candidato do PSDB ao governo de São Paulo. Ele também lidera as intenções de voto: 34,5%. Os demais concorrentes avaliados nesse cenário foram Skaf (21%), o deputado federal Luiz Marinho (Solidariedade, 5,5%), Márcio França (4,0%) e Carlos Giannazi (2,0%). Não sabem em quem votar 7,7%. Disseram não escolher nenhum desses nomes 25,3% dos entrevistados.
Metodologia
O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.035 eleitores com mais de 16 anos em 88 municípios do estado de São Paulo. O levantamento foi realizado entre os dias 25 e 29 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. E o grau de confiança do levantamento é de 95% – o que significa que se essa pesquisa fosse realizada 100 vezes, em 95 os resultados seriam os mesmos dentro da margem de erro.
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