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Dos 54 deputados estaduais que vão tomar posse na quinta-feira, às 14h30, em sessão especial na Assembléia Legislativa, apenas 5 nunca tiveram mandato. Quase todos os parlamentares estão na Assembléia há pelo menos oito anos e, entre os 20 novatos que vão assumir, a maioria já foi prefeito, secretário de estado, deputado ou ocupou cargo público. Apesar da renovação de 37% na Casa, a população vai ver pouca gente nova ocupando cadeira no Legislativo.

Os únicos que não tiveram passagem pela vida pública são o radialista Marcelo Rangel (PPS), a enfermeira Rosane Ferreira (PV), o médico Dr. Batista (PMN), o empresário Douglas Fabrício (PPS) e o estudante Fernando Carli Filho (PSB), que tem 23 anos e é o mais jovem da Casa. Apenas Batista e Fabrício já disputaram outras eleições. "A gente vai chegar com bastante humildade, sem vícios políticos e com disposição. Vamos respeitar quem tem mais experiência, mas nem por isso vamos deixar de criticar o que for preciso", diz Douglas Fabrício.

Currículo

O restante da nova bancada já tem histórico político. Três são vereadores de Curitiba – Fábio Camargo (PFL), Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) e Ney Leprevost (PP). Osmar Bertoldi (PFL) também foi vereador e disputou a prefeitura da capital na última eleição.

A maioria já foi deputado e prefeito: Waldyr Pugliesi, de Arapongas (PMDB); Antônio Belinati (PP), de Londrina; Edgar Bueno (PDT), de Cascavel; Périclés Holleben (PT), que representa Ponta Grossa, e Luiz Eduardo Cheida (PMDB), de Londrina. Felipe Lucas (PPS) e Luiz Claudio Romanelli (PMDB) também passaram pela Assembléia Legislativa.

Outros exerceram o cargo de prefeito, como Beti Pavin (PMDB), de Colombo; Mohamed Al Hanze, de Cambará, e o ex-prefeito de Paranavaí, Teruo Kato (PMDB).

Debate

O perfil político da nova legislatura mostra que a familiaridade com o meio deve favorecer embates acalorados e disputas por espaço na Casa. Candidato único a presidente da Assembléia Legislativa, na eleição para a nova Mesa Executiva que será realizada logo após a posse dos eleitos, Nélson Justus (PFL) promete uma gestão compartilhada. "Já conversei com todos os novos deputados e sinto que há um entusiasmo grande, um clima muito positivo. Isso é importante porque vamos cuidar da Casa juntos", disse.

Base governista

O governador Roberto Requião (PMDB) continuará tendo maioria folgada para aprovar mensagens de interesse do Executivo. A bancada do PMDB saltou de 14 para 17 deputados e nas contas dos governistas, a base aliada deve chegar a 30 parlamentares.

Pelo menos 15 dos 20 novos eleitos já sinalizaram que vão apoiar o governo. O futuro secretário do Planejamento de Requião é um dos novatos, o petista Ênio Verri, que já foi secretário da Fazenda da prefeitura de Maringá. Na sua vaga na Assembléia assume o suplente professor Luizão (PT), de Pinhais.

Existem deputados que apóiam o governo em todos os partidos, inclusive na oposição, como no PSDB, PDT e PPS. Essas legendas também foram as que mais perderam cadeiras na última eleição.

Reciclagem

A bancada do PPS foi renovada completamente. Dos cinco deputados, o partido ficou com três. Os tucanos caíram de nove para sete; o PDT, de cinco para três. Na base do governo, o PT também ficou com menor representatividade e encolheu de nove para seis.

Quem mais saiu ganhando foi o PFL, que conseguiu reeleger os quatro deputados e ainda fez mais dois. O PV e o PMN, que não tinham representação, ganharam um deputado cada.

Dos 54 deputados estaduais, apenas dois não disputaram as eleições: o presidente Hermas Brandão (PSDB) e Renato Gaúcho (PDT). Quatro foram para a Câmara Federal – Ângelo Vanhoni (PT), Barbosa Neto (PDT), Ratinho Júnior (PPS) e André Vargas (PT). Os outros não conseguiram a reeleição. Mesmo com a renovação de 20 parlamentares, Curitiba e região continuam tendo a maior representatividade, com 35% das cadeiras.

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