O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, teria recebido, em uma reunião fora da agenda oficial, agentes da Polícia Federal que foram a Brasília para levar um dossiê contra o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sergio Moro, os procuradores, os delegados da Operação Lava Jato e até os advogados de réus que decidiram colaborar com a Justiça. As informações constam na revista Veja, que está em circulação neste sábado (5).
O documento foi entregue ao ministro no fim do ano passado e acusa vários integrantes da operação de participarem de uma conspiração com o objetivo de atingir o PT e seus líderes. E apresenta um organograma de conexões e interesses, que incluiriam supostos planos do PSDB para implodir o PT e ainda de uma multinacional que pretendia desestabilizar a Petrobras.
O dossiê com seis páginas e fotos foi entregue por dois policiais federais, entre eles Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol) e vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). O governador do Acre, Tião Viana (PT), também estaria presente na conversa.
De acordo com a revista Veja, Werneck foi procurado e admitiu que levou o dossiê ao ministro. E teria dito se tratar de uma denúncia. O ministro teria dito que repassaria o documento para um promotor de confiança.
Wagner desmentiu a reportagem. O ministro afirma que não recebeu nenhum material com denúncias contra o juiz. “Desconheço e não me interessa conhecer”, afirmou, após tomar conhecimento sobre o teor da reportagem.
A Casa Civil informou que o ministro recebeu Tião Viana, que estava acompanhado de dois representantes de uma associação de servidores da Polícia Federal para tratar do plano de cargos e salários da categoria.
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