Brasília (das agências) Drogas, doenças sexualmente transmissíveis, aids e gravidez na adolescência são os temas mais tratados nas escolas de ensino médio e fundamental do Brasil. A conclusão é do Censo Escolar 2005, que pela primeira vez incluiu informações básicas sobre ações de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e aids.
Mais de 160 mil escolas participaram do censo e o tema foi tratado, em média entre o ensino médio e fundamental, em 96% das unidades de ensino. A pesquisa também mostrou que o assunto aids é abordado nas escolas por meio dos conteúdos disciplinares ou em palestras.
Apesar disso, só 29,7% dos 97.600 estabelecimentos de ensino que trabalham com o tema realizam atividades mensais. O mais comum são atividades semestrais, realizadas em 45% das escolas. Além disso, só 9.200 (ou 9,4%) estabelecimentos oferecem preservativos para seus alunos. Segundo o coordenador do Programa Nacional de DST-aids, Pedro Chequer, a meta é chegar a 25% das escolas com preservativos disponíveis em 2006, o que significa o repasse de 25 milhões de camisinhas pelo Ministério da Saúde.
Para o próximo ano, o governo federal também pretende fazer uma campanha nacional dirigida a jovens e professores com informações sobre prevenção e tratamento da aids. Também haverá um esforço para ampliar o número de jovens difusores de informação. Atualmente, apenas 6% dos que trabalham nas escolas com campanhas ligadas à aids são jovens.
A aids é o segundo assunto mais abordado pelos programas de saúde nas escolas, ficando atrás de temas ligados a drogas. Em seguida, vêm gravidez na adolescência e saúde sexual. O Censo Escolar é realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao Ministério da Educação, em escolas públicas e particulares do país.
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