O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Governador Valadares (MG) vai investigar a morte de duas mulheres que se submeteram a cirurgias de lipoaspiração em uma mesma clínica. Os dois óbitos foram registrados em oito dias.
Há suspeita de que um mesmo médico realizou as duas operações. A técnica em patologia Claudia Aparecida Alves, de 42 anos, morreu no dia 18 de maio. Já a dona-de-casa Daniele Siman, de 29 anos, faleceu no último sábado (26).
Segundo o advogado da família de Daniele, Edson Neves, a dona-de-casa passou pela operação na terça-feira (22). Na quinta-feira (24), ela teve ânsia e taquicardia, foi medicada e melhorou. No sábado, ela teve novo mal-estar, mas não resistiu.
Neves informa que a causa da morte foi embolia pulmonar. Ele diz que a família não registrou boletim de ocorrência pois não há comprovação de que houve erro médico. "A clínica prestou a assistência necessária", comenta. "Vamos esperar o resultado da apuração do CRM para ver se será preciso tomar providência."
O médico Márcio Rezende, delegado do CRM em Governador Valadares, diz que o órgão vai abrir sindicância para apurar as circuntâncias das mortes de Daniele e Claudia. "Temos que saber se houve erro médico ou foram situações que não podiam ser controladas", afirma. "Já mandei intimar o médico para que ele preste esclarecimentos e envie os documentos sobre as duas pacientes."
O G1 procurou pelos responsáveis pela clínica, mas ninguém foi localizado.
Orientação
Rezende, do CRM, lembra que a lipoaspiração apresenta riscos, como qualquer outra cirurgia. "O Conselho Federal de Medicina orienta o paciente a solicitar ao médico um termo de esclarecimento com todas as informações sobre a operação a que ele vai se submeter. O profissional tem obrigação de deixar tudo claro", afirmou.
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