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Ducci: a tarifa sobe ou não sobe? | Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Ducci: a tarifa sobe ou não sobe?| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), ontem voltou atrás e decidiu devolver 30% do seu salário aos cofres municipais. Na semana passada, o prefeito informou, por meio de sua assessoria, que considerava a remuneração de R$ 26,7 mil justa. Por isso, informou que não repetiria o gesto do seu antecessor, Beto Richa (PSDB). Ontem, Ducci não justificou por que decidiu rever sua decisão.

Desde 2007 – quando foi divulgado um levantamento que mostrava que Curitiba tinha o prefeito mais bem pago das capitais brasileiras –, Richa passou a devolver parte dos seus vencimentos aos cofres municipais.

Com a devolução – que será de aproximadamente R$ 8 mil mensais –, Ducci passará a receber R$ 18 mil. Mesmo assim, o subsídio do prefeito de Curitiba continuará a ser o maior das capitais do Sul do país. A remuneração bruta do prefeito de Porto Alegre é de R$ 12,8 mil e a do prefeito de Florianó­­polis, de R$ 15,4 mil

Considerando os descontos, como de imposto de renda, o prefeito de Curitiba terá um salário líquido R$ 11,2 mil. O valor corresponde ao subsídio mensal bruto do presidente Lula e é superior ao salário bruto do prefeito de São Paulo, que recebe R$ 10,8 mil ao mês.

A decisão de Ducci de devolver o dinheiro foi anunciada pelo líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Mário Celso (PSB), durante a discussão do projeto que oficializa o subsídio do prefeito em R$ 26,7 mil e reajuste em 20% o salário dos secretários.

O projeto ainda depende de uma segunda votação na Câmara Municipal para valer. Mas Ducci já está recebendo R$ 26,7 mil. Isso porque, sobre a remuneração do prefeito e dos secretários municipais, já incide o mesmo índice do reajuste concedido ao funcionalismo público de Curitiba – 6,5% em 2009 e 5% em 2010. Dessa maneira, desde abril deste ano, que foi pago o reajuste aos servidores, o salário do prefeito é igual ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal – o teto do funcionalismo público. (CO)

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