Mobilização
Lula pede que petistas usem a internet para defender o governo
Folhapress
O PT escalou seu principal garoto-propaganda para estimular sua militância a intensificar a atuação na internet. O partido divulgou ontem um texto em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que petistas utilizem as redes sociais para defender o governo. A carta foi distribuída para cerca de 500 mil endereços de e-mail cadastrados no site do PT com o título "Lula enviou uma mensagem para você". Também foi publicada na página do ex-presidente no Facebook.
No texto, Lula diz que a mobilização pela internet deve compensar, segundo ele, a ausência de espaço para o discurso petista na imprensa, alvo constante de críticas do ex-presidente. "Não devemos ficar apenas reclamando que não temos espaço em outras mídias. Vamos utilizar essa ferramenta fantástica que é a internet para falar do nosso projeto, mostrar o que já fizemos e, claro, ouvir críticas, sugestões", afirma.
Segundo o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, o partido solicitou que Lula escrevesse a mensagem há dez dias. A sigla considera sua presença nas redes sociais modesta demais para uma legenda que tem 1,8 milhão de filiados e decidiu invocar sua maior liderança. Ele afirma que o texto não menciona a presidente Dilma Rousseff para evitar acusações de campanha eleitoral antecipada e que o nome de Lula fez aumentar o interesse pelo e-mail.
O ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci esteve reunido ontem com o presidente nacional do PSB e pré-candidato à Presidência da República em 2014, Eduardo Campos, quando selou o apoio da legenda à reeleição do governador Beto Richa (PSDB) no ano que vem. Com isso, Richa subirá no palanque de dois presidenciáveis, já que o candidato do PSDB deverá ser o senador Aécio Neves (MG). No encontro, realizado em Brasília, também ficou acertada a vinda de Campos a Curitiba, no dia 29 de novembro.
O apoio do PSB a Richa era praticamente certo, já que o partido fez parte das últimas administrações municipais e apoiou o tucano na eleição ao governo em 2010. Havia uma especulação, no entanto, em relação a uma ala do partido, da qual faz parte o ex-deputado estadual e ex-conselheiro do Tribunal de Contas Hermas Brandão, que poderia apoiar uma eventual candidatura do senador Roberto Requião, pelo PMDB. Brandão foi secretário de Requião nos dois últimos mandatos do peemedebista como governador. Na semana passada, o presidente do PSB no Paraná, Severino Araújo, condicionou o apoio do partido a Richa desde que houvesse a contrapartida e o governador firmasse o compromisso de subir no palanque de Eduardo Campos.
A ex-senadora Marina Silva, que se filiou ao PSB no último dia 5, esteve na reunião de ontem, na sede do diretório do partido em Brasília. De acordo com a assessoria do partido, Marina, que não conseguiu o registro de sua legenda, a Rede Solidariedade, a tempo de disputar a eleição, brincou que nunca teve um plano B, apenas um "plano C", de Campos. A ida de Marina para o PSB causou um racha na Rede no Paraná. A maioria dos militantes da Rede preferiu não se filiar a nenhum partido ou migrar para o PV, por causa da aliança entre PSB e PSDB no estado.
Visita
Eduardo Campos virá a Curitiba no dia 29 de novembro, quando dará uma palestra na Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Será a primeira visita do governador de Pernambuco à capital paranaense desde que o PSB entregou os cargos que ocupava no governo federal.
Aécio tenta alinhar discurso ao do PSB
Das agências
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) procurou ontem alinhar seu discurso ao do PSB da ex-senadora Marina Silva e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Aécio disse que Marina, ao defender um "tripé" macroeconômico para país, adota um "discurso histórico" do PSDB que defende a não flexibilização das ferramentas econômicas.
"Vejo que há uma aproximação do discurso da Marina com aquilo que o PSDB vem pregando. E no Congresso, da mesma forma. Aquilo que se intitulou chamar de governo de coalizão, nada mais é que um governo de cooptação, onde os partidos políticos barganham e servem apenas a um projeto de poder." O tucano disse ainda que uma eventual candidatura do PSB à Presidência "nasce exatamente por essa visão muito semelhante à nossa [PSDB], de que esse ciclo de governo do PT, em benefício do Brasil, tem que ser encerrado". Os afagos de Aécio teriam como objetivo impulsionar a candidatura do PSB de olho em um segundo turno com Dilma Rousseff. Com mais candidatos, as chances de segundo turno são maiores.
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