A presidente afastada Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (8) que voltará ao cargo “com a ajuda do povo”. A petista participou de ato do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) pela defesa do Minha Casa Minha Vida, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, e criticou cortes no programa promovidos pelo governo Michel Temer.
No fim de maio, alegando restrições orçamentárias, o governo Temer decidiu cortar subsídios concedidos aos mutuários mais pobres dentro do Minha Casa Minha Vida.
“Antes de ser saída por esse golpe, essa usurpação que tem sido esse processo contra mim, que sou inocente e não tenho conta na Suíça, era fazer o Minha Casa Minha Vida 3”, disse Dilma. “Mas vou voltar sim, e com a ajuda de vocês”, continuou, sob forte aplauso de moradores do condomínio João Cândido, o maior construído dentro do programa.
Dilma seguiu seu discurso dizendo que “há um processo de desmontar as políticas sociais” que ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva construíram e que “está sendo objeto de injustiça”.
“Eles que pensam que por ser mulher terei qualquer receio de enfrentá-los. Nós, mulheres, resistimos a muita coisa. Pediram para eu renunciar. Mulher não renuncia, não cede à luta e é capaz de enfrentar”, finalizou.
Alegando problemas orçamentários, o governo Temer encerrará os benefícios antes concedidos às pessoas de renda inferior, que se enquadravam na faixa 1 (renda até R$1,8 mil). Outra faixa que deixará de receber benefícios é a 2 (até R$ 3,6 mil).
Desta forma, a terceira etapa será totalmente reformulada e será relançada com uma meta inferior ao prometido pela presidente afastada, que prometeu 3 milhões de residências em 2014, antes de sua reeleição. Com o atual governo, esse número cai para 1,5 milhão de unidades nos próximos três anos.
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