Outro projeto que chega a Assembleia nessa semana, e aguarda parecer das comissões, pretende tornar a TV E-Paraná, a TV Educativa do estado, uma empresa de serviço social autônomo. A proposta, de autoria do Executivo, implica em algumas mudanças para a tevê. "Como tudo precisa passar pelo governo hoje, ela acaba ficando engessada. Queremos modernizar as ações da nossa TV Educativa, dar mais autonomia para que possa tomar as providências necessárias para ter uma boa programação e bons profissionais", diz o deputado Ademar Traiano (PSDB). Ele admite, porém, que uma das mudanças na modalidade da empresa seria a contratação de profissionais que ficariam de fora da folha de pagamento do governo, o que aliviaria um pouco o limite prudencial com gasto de pessoal, um dos aspectos mais criticados da gestão do governador Beto Richa (PSDB).
Tadeu Veneri (PT), vice-líder da oposição, concorda que a medida pode beneficiar um pouco a folha de pagamento, mas, para ele, a principal questão é quanto à modalidade de contratação e pagamento. "Isso serve para resolver questões como a contratação de outras empresas prestadoras de serviços e de pessoas que estão recebendo por cachê, o que vem sendo muito contestado no Ministério Público". A contratação por cachê seria uma forma de burlar o concurso público, segundo a oposição.
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