Sem investigar nada, CPI da Propina é arquivada em Cascavel
Sem tomar um único depoimento sequer, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada para investigar suposto recebimento de propina por parte do prefeito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT) e do secretário de Obras Públicas, Paulo Gorski, foi arquivada.
Na manhã desta segunda-feira (31) os vereadores que integram a chamada "CPI da Propina" apresentaram o relatório final das investigações e arquivaram o processo.
O caso continua sendo investigado pelo MP (Ministério Público) que recebeu denúncia anônima de que o prefeito e o secretário teriam recebido cerca de R$ 23 mil de propina de uma empresa responsável pela manutenção de máquinas pesadas da prefeitura.
Desde o momento em que foi apresentado o pedido de abertura de CPI, a direção da Câmara usou manobras regimentais, inclusive invalidando assinatura de vereador, para impedir a instalação da comissão que só foi criada após a Justiça intervir no processo e obrigar a instalação.
Em setembro, o presidente da Câmara, Marcos Damasceno (PDT) e o vice Paulo Bebber (PR) foram afastados pela Justiça acusados de manobras regimentais para impedir o avanço dos trabalhos. No mês passado os vereadores Leonardo Mion (PSDB) e Paulo Tonin (PP), que integravam a comissão, pediram desligamento alegando que o presidente da CPI, Alcebíades Pereira (PDT) estava impedindo a quebra de sigilo bancário de Bueno e Gorski.Pereira se defende e diz que os vereadores não protocolaram ofícios com pedido de quebra de sigilo dos acusados. Segundo ele, por se tratar de uma denúncia anônima os trabalhos foram prejudicados. Ele também classificou a proposta de criação da CPI como um fato mais político do que técnico.
O relatório final elaborado pelo relator Gilmar Gaitkoski (PSL) afirma que a CPI que "não vislumbrou indícios concretos de irregularidades" (LCC).
O prefeito de Cascavel Edgar Bueno (PDT) esperou até as vésperas de assumir o terceiro mandato para anunciar sua nova equipe de governo, ainda incompleta. Na manhã desta sexta-feira (31), ele anunciou os nomes de 15 secretários e dois diretores de autarquias da administração direta.
Os atuais secretários José Carlos Costa (Ação Comunitária), Alisson Ramos da Luz (Administração), Inês Aparecida de Paula (Ação Social), Marcos Vinicius Pires de Souza (Comunicação Social), Eugênio Rozetti Filho (Antidrogas) e Valdecir Nath (Educação) continuarão em seus cargos. Léo Rigon, diretor da Acesc, a autarquia que cuida dos serviços funerários na cidade também foi mantido.
Alguns atuais secretários foram remanejados de pastas. É o caso de Susana Gasparovic Kasprzak, que deixou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico para ocupar a de Finanças. Em seu lugar assume o empresário do ramo de supermercados Luciano Fabian.
Outro remanejamento ocorreu na Secretaria de Obras Públicas. O secretário Paulo Gorski deixou a pasta para assumir a Cettrans, autarquia responsável pelo trânsito na cidade. O vice-prefeito eleito Mauricio Theodoro Quirino ocupará a pasta de Obras Públicas.
Uma das novidades no secretariado é o pastor Rômulo Quintino, terceiro vereador mais votado no município, mas que responderá pela Secretaria de Cultura. Em seu lugar na Câmara assumirá o suplente Helio Nethson (PSL).
Também foram anunciados os nomes de Welton de Farias Fogaça (Assuntos Jurídicos), Wanderley Faust (Esporte e Lazer), Jadir de Matos (Saúde) e Alessandro Honore Lopes (Planejamento).
O prefeito informou que os demais secretários "serão anunciados oportunamente".
Entrevista
O prefeito reeleito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT), afirma que nos primeiros quatro anos pagou muitas dívidas de precatórios, mas conseguiu colocar as finanças do município em dia. Para o próximo ano, ele terá um orçamento de R$ 691,3 milhões. Bueno diz que está se antecipando em busca de novos recursos para cumprir uma das principais promessas de campanha: asfaltar 100% da cidade. O projeto mais arrojado, no entanto, pretende reformular a região central de Cascavel e vai exigir investimentos de R$ 115 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Clique aqui e confira a entrevista completa com Bueno.
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