O PSB do provável candidato à Presidência da República Eduardo Campos deve anunciar em breve o apoio ao deputado Miro Teixeira (PROS) ao governo do Rio. Embora o PROS, fundado pelos irmãos Ciro e Cid Gomes, tenha fechado apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, Miro tem sinal verde do partido para abrir o palanque do Rio à chapa Campos-Marina Silva.
Ex-pedetista, Miro é um dos parlamentares mais próximos de Marina e trabalhou intensamente na criação da Rede Sustentabilidade, que teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No próximo sábado, o deputado participará, no Rio, ao lado de Campos e Marina, da reunião organizada pelo PSB e pela Rede para discutir o programa nacional de governo.
A futura coligação PROS-PSB no Rio buscará espaço no eleitorado insatisfeito com o governador Sérgio Cabral (PMDB), mas que não mostrou, até agora, interesse nas candidaturas do petista Lindbergh Farias e do ex-governador Anthony Garotinho (PR). Também pretende explorar a boa votação de Marina Silva nas eleições presidenciais de 2010, quando a então candidata do PV teve 32% dos votos e ficou em segundo lugar no Estado, à frente do tucano José Serra.
"Há um indicativo nacional de apoio a Miro Teixeira, uma tendência forte, inclusive pelo fato de ele ter colaborado muito na formação da Rede", diz o vice-presidente do PSB-RJ, deputado Glauber Braga. No mês passado, o deputado Alfredo Sirkis lançou a pré-candidatura a governador pelo PSB, mas deixou aberta a possibilidade da aliança com Miro.
Deputado no décimo mandato - entre 1970 e 1983 e desde 1987 -, ministro das Comunicações no governo Lula, Miro evitou falar como candidato da coligação PROS-PSB. "Qualquer atropelo pode gerar desentendimento e, em uma campanha, desentendimento só com os adversários", disse Miro. "Qualquer movimento será das executivas dos partidos".
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