O governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), confirmou hoje que teve uma conversa ontem com o senador Aécio Neves (MG), mas disse que o encontro foi "casual".

CARREGANDO :)

Campos e Aécio, ambos presidentes nacionais de seus partidos e possíveis rivais na disputa de 2014 pelo Planalto, foram vistos em um restaurante em Ipanema, no Rio de Janeiro, na noite de ontem. O pernambucano disse que o encontro não foi planejado.

"Fui gravar ontem à tarde [domingo] o programa do PSB no Rio de Janeiro, e eu só podia voltar hoje [9] de manhã porque o aeroporto daqui [Recife] está fechando às 23h. Quando terminei [a gravação], próximo do hotel, fui jantar, e lá encontrei Aécio, que tinha ido jantar. E aí sentamos na mesa, conversamos um pouco, tomamos um café", disse.

Publicidade

Questionado sobre o conteúdo do diálogo, Campos desconversou.

O governador de Pernambuco também classificou como "muito importante" o indicativo do PPS de apoio à sua candidatura em 2014 e disse que o partido deve ajudar na elaboração de seu programa de governo.

"Foi uma decisão muito importante para nós, contar com o PPS para nos ajudar na caminhada de formação de um programa que possa ser oferecido ao Brasil em 2014", disse Campos, após discursar em evento do Ministério Público de Pernambuco, no Recife.

O PPS aprovou indicativo de apoio à candidatura de Campos em seu congresso nacional, realizado em São Paulo no sábado. O apoio do partido vinha sendo disputado pelo PSB e pelo PSDB, de quem o PPS historicamente era aliado.

Na próxima segunda-feira, o governador de Pernambuco deverá se reunir com o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, no Recife. "Vamos fazer uma primeira reunião para conversarmos como vai se dar essa integração, como a gente vai contar com as reflexões que o PPS tem feito sobre a realidade brasileira", disse Campos.

Publicidade

Segundo o governador pernambucano, o PPS tem pontos em comum com o PSB e com a Rede, de Marina Silva, por ser de "tradição no nosso campo popular, democrático e de esquerda".

"Acho que temos muito mais convergência do que divergência. E é bom que a gente receba o PPS antes de termos avançado no debate do conteúdo [do programa de governo] porque vamos ter oportunidade de contar com a contribuição do PPS já no início."