Ao mesmo tempo em que faz malabarismos para manter abertas as possibilidades de apoio tanto ao padrinho José Serra (PSDB) como ao petista Fernando Haddad na eleição para a Prefeitura de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) está cada vez mais próximo do presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a quem trata, agora, como "meu líder".
"Hoje estou aqui diante do grande líder do PSB, parceiro do PSD, meu líder Eduardo Campos", afirmou, em entrevista no final da manhã de hoje no Palácio do Campo das Princesas, antes de seguir para o camarote do governo do Estado para assistir ao desfile do Galo da Madrugada, no centro do Recife. "No plano nacional Eduardo Campos é a grande liderança da nova geração e eu tenho a tranquilidade de confiar a ele minha condição de liderado."
Kassab prometeu retornar a Pernambuco em março para a festa de comemoração da consolidação do PSD estadual que, adiantou ele, estará alinhado ao governador, seja qual for a sua decisão em relação à eleição da capital. O prefeito voltou a afirmar seu apoio incondicional a José Serra se ele decidir disputar a Prefeitura de São Paulo. Assegurou que o apoio não será a contragosto - diante das movimentações para uma aliança com o ex-ministro Haddad, negociadas pelo ex-presidente Lula com apoio de Campos. Mas deixou claro que se Serra não estiver na disputa, é concreta a possibilidade de apoio ao candidato do PT. "Os dois partidos examinam isso", disse.
Também presente ao encontro de carnaval, o senador Humberto Costa (PT-PE) pontuou: "Lula quer, Haddad quer, uma parte do PT quer, mas também uma grande parte do PT não quer essa coligação." Ele defende que o partido avalie se uma aliança com Kassab irá comprometer o discurso petista, se a parceria vai somar ou não.
Discreto, Eduardo Campos lembrou que o PSB e o PSD integram um bloco no Congresso da base aliada da presidente Dilma que já apresentou resultados positivos em votações no Congresso, a exemplo da prorrogação da Desvinculação de Receita da União (DRU).
Kassab chegou ao Recife às 5 horas da manhã. Passou menos de duas horas no camarote de carnaval e à tarde voltou para São Paulo. Ele viu Fafá de Belém cantar o Hino de Pernambuco em um trio elétrico, e comentou ter ficado impressionado com o espírito do folião local, que ressalta as cores e as marcas do Estado.
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