O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adiou a apresentação de sua defesa no Conselho de Ética da Casa. Na semana passada, o peemedebista disse que podia entregar a contestação no processo de quebra de decoro parlamentar nesta segunda-feira (16), mas agora isso deverá acontecer nesta terça (17) ou na quarta-feira (18). Não foi informado o motivo do adiamento.
Na terça-feira passada (10), o próprio Eduardo Cunha anunciou que seu advogado apresentaria sua defesa preliminar nesta segunda-feira ao colegiado. “Meu advogado vai apresentar uma defesa preliminar nesta segunda-feira. A partir daí, vamos aguardar o parecer preliminar para, então, apresentar a defesa”, disse o presidente da Câmara.
Para ministros do STF, Cunha perdeu as condições de comandar a Câmara
Leia a matéria completaO advogado Marcelo Nobre, que defende Eduardo Cunha no Conselho de Ética, apenas confirmou que a defesa ocorrerá nesta terça (17) ou na quarta-feira (18). No entanto, Nobre não informou o motivo do adiamento. O processo contra o presidente da Câmara foi instaurado dia 3 deste mês. O relator escolhido, F austo Pinato (PRB-SP), tem dez dias úteis para apresentar um parecer prévio sobre a admissibilidade ou não da denúncia. Esse prazo termina nesta quinta-feira.
A partir daí, Pinato concede outros dez dias úteis para Cunha contestar os argumentos. Contudo, o peemedebista pretende apresentar seus argumentos ainda na fase preliminar, na tentativa de enterrar o processo de vez. A representação do PSol pede a cassação dele pelo fato de Cunha ter mentido em depoimento na CPI da Petrobras, ao negar que tivesse contas no exterior.
Eduardo Cunha tem justificado o dinheiro que mantém na Suíça alegando que é fruto de seu trabalho na década de 80. Em entrevista ao jornal O Globo, ele afirmou que, naquela época, vendeu carne processada e outros produtos para a África, especialmente para o Zaire (atual República Democrática do Congo) e o Congo. Ele também sustentou que os recursos nas contas não lhe pertencem, pois estão em trusts, criados para administrar bens.
As explicações, no entanto, não convenceram os parlamentares. Na semana passada, o PSDB, temendo um desgaste ainda maior por sua proximidade com Cunha, declarou que não mais o apoiaria.
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