O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pediu ao juiz federal Sérgio Moro que autorize a inclusão do ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), como suas testemunhas de defesa. Os advogados do ex-deputado, preso na Operação Lava Jato, alegaram “dificuldade de localização” de outras duas testemunhas, relacionadas inicialmente, Pedro Augusto Cortes Xavier, ex-gerente da Petrobras, e o ex-deputado e também ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT).
Eduardo Cunha é réu em ação penal por suposto recebimento de propinas na compra pela Petrobras do Bloco de Benin, na África, em 2011, e de manter contas secretas na Suíça. Ele já havia arrolado o presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula como suas testemunhas.
Nesta sexta-feira (11), Temer informou o juiz Moro que vai depor por escrito. Lula deverá ser ouvido por videoconferência no dia 30, na Justiça Federal em São Bernardo do Campo.
No pedido a Moro, a defesa de Eduardo Cunha alega que Guido Mantega era presidente do Conselho de Administração da estatal petrolífera quando foi adquirido o campo de Benin, “bem como na época em que a estatal alienou parte do bloco à Shell”.
Os advogados argumentam a Moro que Eduardo Paes, por sua vez, “poderá esclarecer que estava com o acusado no dia indicado pelo Ministério Público Federal como sendo o de suposta reunião na Petrobras”.
O juiz da Lava Jato vai decidir se permite ou não a troca de testemunhas pleiteada pelos advogados de Eduardo Cunha.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura