A educação entrou de modo definitivo no discurso dos principais candidatos à sucessão presidencial nesta semana. Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) assumiram o mesmo compromisso: elevar os gastos no setor de 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010, para 7%. A diferença está no prazo em que pretendem fazê-lo.

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Enquanto Dilma assumiu, em seu Twitter, o compromisso de defender a meta já para o ano que vem, Marina disse que espera cumprir a promessa até 2014. A petista não detalhou como pretende gastar os recursos - nem de onde eles virão. O dado no qual se baseia é uma estimativa do Ministério da Educação e inclui gastos da União, dos estados e municípios. De acordo com o Orçamento de 2010, o MEC terá R$ 61,2 bilhões. Assumindo um crescimento de 7% da economia neste ano, este valor equivaleria a 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Para elevar os investimentos públicos no setor, Dilma precisaria aumentar consideravelmente o Orçamento do ministério ou contar com a colaboração de prefeituras e governos estaduais.

Por sua vez, Marina Silva indicou que pretende obter mais recursos para a educação através de "um Estado eficiente" e do combate à corrupção. Ela já declarou que a universalização do ensino nos governos Lula e Fernando Henrique foi "um avanço", e que agora seria necessário investir na qualidade. Seu programa de governo terá cinco principais eixos condutores para o setor. Entre eles estão valorização do professor, escolas em tempo integral e integração das políticas para a educação com programas sociais. "Temos de pensar uma escola onde o aluno goste de estar, integrada com a comunidade, com os pais", diz Maria Alice Setubal, que colabora com o programa verde.

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Do lado tucano, o candidato José Serra não assumiu metas de investimento na educação. Suas declarações referem-se, sobretudo ao ensino profissionalizante, a fim de levar para o país o modelo de escolas técnicas que adotou em São Paulo. Ele prometeu criar 1 milhão de vagas neste tipo de ensino e oferecer bolsas para cursos profissionalizantes. "São Paulo tem hoje o melhor ensino do País. Temos muitas experiências boas para levar ao Brasil", defende o ex-ministro e atual secretário da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza. Ele colabora com o programa de governo de Serra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.