Henrique Fontana, deputado| Foto: Beto Oliveira/Ag. Câmara
Cândido Vaccarezza, deputado
Valdir Rossoni, deputado, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná

Uma guerra de egos está movimentando o novo grupo da reforma política criado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e já provocou a suspensão da instalação do grupo e da primeira reunião que estava convocada para a tarde de ontem. O PT indicou para integrar o grupo o deputado Henrique Fontana (RS, foto 1), relator da reforma política desta legislatura. Mas o presidente Henrique Alves indicou o deputado petista Cândido Vaccarezza (SP, foto 2) para coordenar o grupo. Segundo petistas, isso incomodou Fontana, que queria ser o relator e conduzir o processo da reforma. Em plenário, petistas admitem que o desentendimento entre os dois é grande e que será preciso encontrar uma solução para o problema. O líder do PT, José Guimarães (CE) disse que vai tentar uma solução até a próxima segunda-feira à noite, na reunião da coordenação da bancada.

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Aliás...

O estremecimento entre os dois deputados do PT começou no dia em que a reforma política defendida por Fontana foi enterrada na reunião de líderes e Vaccarezza propôs, ganhando o aval de líderes partidários, a votação de um projeto com modificações nas regras eleitorais. Vaccarezza ainda trabalha para aprovar o projeto da reforma eleitoral em plenário.

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Quase lá

Foram concluídas ontem na Assembleia Legislativa do Paraná as sabatinas dos 42 candidatos ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TC). Agora, o último grupo de concorrentes vai se apresentar aos deputados em plenário na próxima segundafeira. Em meio a isso, a comissão que avalia as candidaturas precisa analisar os pedidos de impugnação apresentados e elaborar o relatório final dos trabalhos. Depois disso, a eleição será marcada. Nos bastidores, comenta-se que um dos dois deputados que disputam a vaga – Plauto Miró (DEM) e Fabio Camargo (PTB) – deve vencer por dois ou três votos de diferença.

Lamento 1

Enquanto ex-funcionários do deputado Natan Donadon (sem parti­­do-RO) encaixotavam objetos pessoais para desocupar o gabinete da Câmara, prefeitos correligionários de Rondônia se revezaram nos corredores da Casa para lamentar a ausência do parlamentar. Segundo eles, Donadon passou os últimos anos "lutando" por mais recursos para a região sul do estado. "Para nós foi uma perda grande", resumiu o prefeito de Pimenteiras do Oeste, João Miranda (PSDB).

Lamento 2

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Ontem, o deputado federal, preso desde o dia 28 de junho por peculato e formação de quadrilha, recebeu a visita de familiares no Presídio da Papuda e foi informado de que perdeu suas prerrogativas parlamentares. Segundo relato de familiares, Donadon não ficou surpreso com a expulsão do PMDB, mas não esperava perder as prerrogativas parlamentares antes do término do processo de cassação.

Pinga-fogo

"Vou lhe dar de presente uma Constituição Federal para que leia o artigo que nos obriga o voto secreto."

Valdir Rossoni, deputado (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, respondendo o candidato a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Rubens Hering, que pedia aos parlamentares para abrirem mão da prerrogativa do voto secreto na eleição.

Colaborou: Euclides Lucas Garcia.

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