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Durante seu depoimento à CPI do BNDES, o empresário Eike Batista admitiu conhecer o Fernando Baiano, delator da Operação Lava Jato , e disse que esteve com o lobista -que nos encontros atuava como representante de um grupo estrangeiro interessado em fazer obras no porto do Açu (RJ)- duas ou três vezes, mas afirmou que ele nunca foi seu funcionário. “Ele não prestava serviço para a OSX [empresa de seu grupo]”, resumiu.

Em delação premiada, Baiano teria falado que o pecuarista amigo do ex-presidente Lula José Carlos Bumlai e ele teriam feito lobby para que a Sete Brasil -estatal criada para contratar sondas do pré-sal- contratasse os estaleiros do grupo de Eike e que Lula teria ajudado a intermediar o negócio. Eike afirmou que não soube de qualquer negociação e que esse negócio não se concretizou. Perguntado sobre como conheceu Baiano, Eike respondeu que não sabia. “Sei que ele apareceu no escritório”. Sobre Bumlai, ele afirmou que o pecuarista também não teve vínculo seu grupo.

Lula

Eike admitiu ter contribuído com campanhas de grandes partidos políticos, mas afirmou que o fez por “acreditar a democracia”. Mas, após a derrocada nos negócios, o empresário afirmou que não caberia ao governo ajudar um “empresário bilionário em crise” e que a captação de recursos junto a bancos públicos foi feita quando não conhecia o ex-presidente Lula.

“Nunca nos metemos com política. Não faz parte da cultura da minha família, do meu pai. Quando começamos a falar com o governo, já era tarde”, admitiu Eike, que admitiu ter pedido encomendas da Petrobras a seu estaleiro.

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