Há seis meses fora da Presidência, o ex-presidente Lula volta a representar oficialmente o país. Ele será o chefe da missão especial que o governo brasileiro fará na Guiné Equatorial. O Brasil vai participar da 17.ª Assembleia-Geral da União Africana entidade que reúne 53 países africanos e que começa hoje e vai até sexta-feira. Aliás, com a inexperiência do novo comando palaciano, o ex-presidente assumiu nos bastidores um papel mais presente na articulação política do governo. Depois de expor a presidente Dilma Rousseff ao atuar de forma ostensiva durante a crise que culminou com a queda do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, Lula voltou a agir para ajudar o governo. Mas será uma ação mais discreta, e sem entrar no varejo das negociações políticas. Lula também vai se dedicar mais à articulação dos palanques governistas nas eleições municipais do ano que vem.
* * * * *
Para pensar...
"Uma das nossas preocupações é com o patrimônio da Assembleia, com o patrimônio público. Temos um prédio que praticamente alaga e precisava de reparos emergenciais. Esta melhoria nos gabinetes era uma das nossas metas."
Valdir Rossoni, presidente da Assembleia paranaense, sobre a licitação para a reforma da fachada do prédio que deve custar R$ 225 mil.
* * * *
Muito dinheiro
Em estudo divulgado ontem, a Confederação Nacional dos Municípios calculou em mais de R$ 52 bilhões o investimento necessário para se atingir as metas do Plano Nacional de Educação (2011 a 2020). No documento, a entidade ainda cobrou maior participação da União nos gastos. O novo plano está em discussão na Câmara Federal e as metas estão relacionadas à melhoria da qualidade do ensino; à ampliação da oferta de vagas; à formação de professores; e à ampliação do investimento público em educação.
Cópia cara
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) questionou em plenário os contratos da Secretaria Estadual da Administração com a empresa HPrint Reprografia, que realiza fotocópias e impressões para o governo. Segundo Veneri, o estado questionou publicamente um contrato com a empresa no valor de R$ 0,13 a impressão, realizado pela gestão anterior, mas assinou um contrato de emergência, sem licitação, com a mesma empresa por R$ 0,11. O preço estaria acima do valor de mercado, já que não incluiu o papel utilizado.
Desapareceram
O ministro da Defesa, Nelson Jobim (foto), afirmou que a proposta de acabar com o sigilo eterno de documentos secretos brasileiros não deve criar polêmica em relação ao governo militar (1964-85), pois os papéis referentes ao período "desapareceram". Segundo ele, as Forças Armadas não têm "nada a esconder" e não seriam afetadas caso o Senado aprove a Lei de Acesso à Informação. "Não há documentos [sobre o governo militar]. Nós já levantamos e não tem. Os documentos já desapareceram, foram consumidos à época, então não há problema nenhum em relação a essa questão."
* * * *
Pinga-fogo
"Diante de tantos argumentos fulminantes, fica difícil imaginar que o Senado possa subscrever uma medida provisória dessa natureza. Se continuar assim, não vamos sair da descrença popular."
Alvaro Dias, líder do PSDB no Senado, criticando a medida provisória que mantém em segredo orçamentos para as obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada do Rio em 2016.
Colaborou: Chico Marés.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Novo decreto de armas de Lula terá poucas mudanças e frustra setor
Câmara vai votar “pacote” de projetos na área da segurança pública; saiba quais são