A eleição indireta que pode eleger o novo governador do Distrito Federal já tem um candidato, Darlan Rodrigues, do PTB, que registrou a candidatura na sexta-feira. A eleição indireta ainda não tem data marcada e pode nem ocorrer se o governador eleito, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), conseguir reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que cassou o mandato dele.
Pode se candidatar na eleição indireta qualquer cidadão brasileiro filiado a partido político com domicílio eleitoral no Distrito Federal, em pleno exercício dos direitos políticos e que tenha, no mínimo, 30 anos. A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do DF se reuniu pela manhã para decidir os critérios e o calendário da possível eleição indireta. Pela decisão do TRE-DF, a eleição precisa ocorrer até o dia 17 de abril.
Até lá os deputados distritais precisam aprovar, em segundo turno, uma proposta de emenda à Lei Orgânica do DF que determina a eleição indireta para eleger governador e vice em vacância nos últimos dois anos de governo. Hoje, a Lei Orgânica prevê uma linha sucessória para ocupar o cargo de governador, composta pelo vice-governador, pelo presidente da Câmara Legislativa, pelo vice-presidente da Câmara e pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ).
Como Arruda teve o mandato cassado e o ex-vice-governador Paulo Octávio renunciou, seria Wilson Lima (PR) o governador até o final do ano. Lima, que era o presidente da Câmara Legislativa, está no governo interinamente desde a renúncia de Paulo Octávio.
O tribunal eleitoral cassou o mandato de Arruda por infidelidade partidária, uma vez que ele pediu desfiliação do DEM em dezembro após o partido ter anunciado que o expulsaria. O governador cassado é acusado, em inquérito policial, de comandar um esquema de corrupção no governo local, conhecido como "mensalão do DEM". Ele está preso há pouco mais de um mês por tentativa de suborno de uma das testemunhas do esquema.
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