Deve entrar na pauta de hoje da CCJ da Assembleia Legislativa do Paraná o projeto de resolução nº 9/2012, que antecipa a eleição da Mesa Executiva da Casa de dezembro para outubro. A justificativa do presidente do Legislativo estadual e autor da proposta, Valdir Rossoni (PSDB, foto acima), é que a mudança vai facilitar o processo de transição e permitirá que quem for eleito para a presidência se adapte ao cargo com antecedência. Nos bastidores, porém, comenta-se que a medida seria uma forma de o tucano evitar que algum outro deputado consiga articular uma chapa de oposição forte para a disputa, uma vez que a Casa estará mergulhada nas eleições municipais. Além disso, como é presidente em exercício do PSDB estadual, Rossoni poderia, em troca de votos que garantam a sua reeleição, jogar com o apoio do partido a deputados que sejam candidatos a prefeito ou queiram eleger aliados no interior.
Aliás...
A única indefinição em torno da mudança é o dia do mês em que a eleição será realizada. Alguns defendem que seja logo após o primeiro turno das eleições municipais. Outros querem que seja somente depois do segundo turno. Entre os defensores dessa última ideia estão os peemedebistas, que podem lançar um nome a presidente dependendo dos eleitos nas principais cidades do Paraná.
Menos vagas
Os vereadores de Cascavel, no Oeste, que no ano passado aprovaram o aumento de 15 para 21 cadeiras no Legislativo terão de repensar a decisão. Um projeto de iniciativa popular que pede o retorno das 15 vagas foi protocolado ontem por integrantes do Observatório Social, entidade que reúne cerca de 50 entidades representativas da cidade. O presidente da Câmara, Marcos Damasceno, que é favorável à manutenção dos 21 vereadores, afirmou que o protocolo será lido na sessão de hoje.
Recadastramento
Ficou para hoje a divulgação dos dados do recadastramento dos funcionários da Câmara de Curitiba. Iniciado no dia 3 de abril, o processo foi encerrado na última terça-feira, mas os números ainda não foram divulgados. As informações devem servir de base para uma reestruturação dos cargos dentro da Casa. Recomendação do Ministério Público pede que o Legislativo equipare o número de funcionários comissionados e efetivos. Antes do recadastramento, a Câmara contava com 541 comissionados e 228 efetivos.
Pinga-fogo
"É uma comissão de Estado, que não se subordina a ninguém."
Gilson Dipp (foto quadro), ministro do STJ e integrante da Comissão da Verdade, ao responder se a comissão será "tutelada" pelo Planalto.
Colaboraram: Chico Marés, Euclides Lucas Garcia, Luiz Carlos da Cruz e Karlos Kohlbach.
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