Curitiba Se a eleição para a presidência da Câmara fosse hoje, o deputado Michel Temer (PMDB- SP) teria uma pequena vantagem nos votos da bancada paranaense. Dos 30 deputados do Paraná, 5 declararam apoio ao peemedebista.
O número de votos que Temer receberia é menor do que o número de deputados indecisos, 6 no total, um sinal claro de que tudo pode mudar até a votação de amanhã. Logo atrás do presidente do PMDB aparece o atual presidente da Câmara, José Thomaz Nonô (PFL-AL), com quatro deputados paranaenses a seu favor, enquanto que o candidato oficial do Planalto, Aldo Rebelo (PC do B-SP), tem apenas 3 dos 30 votos da bancada paranaense na Câmara. Luiz Antônio Fleury (PTB-SP), que no cenário nacional tem poucas chances de chegar ao segundo turno, ficou com duas intenções de voto. Ciro Nogueira (PP- PI) e Francisco Dornelles (PP-RJ) com uma intenção de voto cada.
O PMDB, atual segunda maior bancada da Casa e que ainda tem 50 de seus 87 deputados como aliados do governo, pode ficar um pouco mais longe da base aliada. Para Max Rosemann (PMDB-PR), se o partido não eleger o presidente da Câmara é melhor romper de vez com o governo: "Não podemos ser parceiros de quem trabalha contra a gente". Já Moacir Micheletto (PMDB-PR) acredita que Temer tem as qualidades necessárias para presidir a Câmara neste momento: "Temer é ponderado e pode resgatar a dignidade da Câmara".
Indecisão
Os 6 paranaenses indecisos são, na maioria, da base aliada. O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) não votaria em nenhum dos candidatos que se apresentam até o momento. "Acredito que as candidaturas ainda vão mudar", diz. Já Dra. Clair (PT-PR) prefere esperar a reunião da bancada hoje e diz que acredita ser difícil o governo eleger Aldo Rebelo.
O deputado Oliveira Filho (PL-PR) é outro da turma dos indecisos: "A eleição virou uma feira. Vou agir como eleitor; quero ouvir propostas e saber o que vai ser feito para começar a moralizar a Câmara dos Deputados".
Apesar dessa indecisão, a tendência é que os deputados paranaenses votem de acordo com a orientação do partido, como Ricardo Barros (PP-PR), que vai votar no candidato oficial do PP, Francisco Dornelles. O PP é o partido com maior número de candidaturas registradas. São três: além de Dornelles, o atual corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PI), e Jair Bolsonaro (RJ) concorrem ao posto. Bolsonaro é um opositor do governo de longa data e também foi candidato na eleição em que Severino Cavalcanti foi eleito em fevereiro deste ano. Já Nogueira é "afilhado" político de Severino e esperar herdar os votos de seu padrinho. "O Dornelles é uma opção para o consenso, uma solução para a Câmara. Outra solução seria a institucional. Nonô, que é o vice-presidente, como presidente e o PT, que está fora da mesa, ficaria com a vice-presidência", sugere Barros.
O prazo para o registro das candidaturas se encerra hoje, às 18 horas. Até ontem sete candidatos estavam registrados: Francisco Dornelles (PP-RJ), Ciro Nogueira (PP-PI), João Caldas (PL-AL), Jair Bolsonaro (PP-RJ), Luiz Antônio Fleury (PTB-SP), Alceu Collares (PDT-RS) e Aldo Rebelo (PC do B-SP). Dentre os mais cotados para assumir a presidência da Câmara, apenas Nonô e Temer ainda não haviam registrado suas candidaturas até o fechamento desta edição.
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