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A penúltima semana da campanha municipal de Londrina, no Norte do Paraná, começou com troca de acusações no debate realizado na noite de domingo, na TV CNT. No debate, Barbosa Neto (PDT) e Luiz Carlos Hauly (PSDB) protagonizaram uma troca de farpas que já acontece nos bastidores. Na primeira rodada da pesquisa Ibope/RPC/JL, divulgada no começo de agosto, o pedetista aparecia em segundo lugar e o tucano em terceiro. Nesta terça-feira (23), será publicada a segunda rodada.

Como os dois candidatos avaliam que disputam uma vaga no segundo turno – a outra já seria de Antonio Belinati (PP) -, a tendência é que ambos mantenham a postura de acirramento. Belinati foi o único candidato que não compareceu ao debate na televisão. É esperada para hoje a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a impugnação de sua candidatura.

O embate entre os Hauly e Barbosa aconteceu logo no primeiro bloco: Marcos Colli (PV) questionou o pedetista sobre os "escândalos de corrupção envolvendo a administração, a Câmara Municipal e outras personalidades políticas". Barbosa Neto foi ao ataque. Afirmou que há "muita baixaria nos bastidores" da campanha, acusou a produção de jornais "apócrifos" contra ele e, ainda sem citar nome, disse que "o pior é o que dá o tapa e esconde a mão".

O pedetista refere-se à produção de um jornal por Gustavo Franco, candidato a vereador pelo PSDB, que reproduziu reportagens publicadas pelo Correio Braziliense a respeito do inquérito contra ele no caso "gafanhotos", em que deputados estaduais são acusados de pagar os salários de vários assessores em apenas uma conta bancária.

Na seqüência, o pedetista questionou o próprio Hauly sobre o uso de "panfletos e acusações" e se ele considera "válida a prática de dar o tapa e esconder a mão". Hauly respondeu cutucando: "As acusações que pesam contra a sua pessoa são graves e você tem todo o direito de se defender perante a Justiça".

Na réplica, Barbosa Neto disse que é "ficha limpa" e que o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB) – do partido de Hauly - também responde pelo caso gafanhotos. "Tenho certeza que serei inocentado, assim como o prefeito de Curitiba", declarou Barbosa Neto. Na tréplica, Hauly disse ao pedetista que o problema era dele.

No segundo bloco, ao ser questionado sobre sua proposta para a educação em tempo integral, Barbosa Neto deixou de responder o questionamento feito por André Vargas (PT) e voltou à carga contra Hauly: declarou que o tucano ajudou a "quebrar" o Banestado, o banco estadual privatizado durante o governo Jaime Lerner (1995-2002) fazendo "muitos empréstimos sem garantia para políticos".

Temperatura deve continuar subindo

O candidato do PDT à Prefeitura, deputado federal Barbosa Neto, disse ontem que vai manter nesta reta final a estratégia de rebater os adversários no mesmo tom: "Cansei de apanhar calado, de ser vítima de panfleto apócrifo. Se me jogarem flores, jogarei flores. Se jogarem pedras, jogarei pedras", declarou. "Nunca fiz panfleto contra ninguém", completou. Luiz Carlos Hauly (PSDB) minimizou o embate com o pedetista: "Essas rusguinhas não significam nada perto do que já tivemos em Londrina", declarou. Com relação às denúncias contra o adversário, o tucano disse que "ninguém inventou nada". O debate da CNT também foi marcado por outros embates entre candidatos. Vilson Machado (PSol) manteve a postura de franco-atirador: acusou o PT de André Vargas de usar programas sociais para conquistar votos e questionou Hauly sobre ele não ter implantado as medidas que promete nesta campanha, já que o tucano sempre fala nos seus "30 anos de vida pública".

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