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Em tempo de campanha pela reeleição para 16 dos atuais 18 vereadores e a menos de um mês do primeiro turno, as sessões da Câmara de Londrina, no Norte do Paraná, estão bem mais curtas que de costume. Com pautas mais enxutas e projetos sem grandes polêmicas, na terça-feira (9) os vereadores praticamente não comentaram a maioria das propostas.

A ordem do dia, dedicada à discussão e votação das matérias, não passou de 20 minutos. Na sessão anterior, quinta-feira passada, foram 15 minutos. Somados os discursos iniciais do "grande expediente", período em que os vereadores falam sobre temas escolhidos de forma livre, exatamente às 15h21 a sessão foi encerrada pelo presidente Sidney de Souza (PTB) – pouco mais de uma hora após a abertura. No resultado final, dois projetos aprovados, quatro retirados, dois pareceres aprovados e um rejeitado com pouco ou nenhum debate e 17 requerimentos aprovados silenciosamente.

"Estou há 12 anos aqui e já vivenciei muitas eleições. É natural, penso eu, que o calor dos debates se reduzam", diz o presidente da Câmara, ao confirmar o atual ritmo mais leve no Legislativo londrinense. "A bem da verdade, os vereadores percorrem diariamente os bairros [em campanha], ouvem a população e há muitos projetos de lei para serem feitos. Nesse período começam a pesquisar outros projetos de lei que serão apresentados depois das eleições e até nos próximos mandatos", ameniza. "Não quer dizer que a qualidade dos projetos diminua".

Segundo ele, a população deve ficar tranqüila porque a paralisia no Legislativo "é um interstício de 45 dias a cada quatro anos". O presidente da Câmara alega que não pode impedir a retirada de pauta dos projetos quando o pedido é do próprio autor. "Hoje [ontem] mesmo foram retirados quatro deles que aumentariam a sessão em pelo menos mais uma hora."

Responsável pela maioria dos pedidos para saída de projetos da pauta, o líder do Executivo, Gláudio de Lima (PT) nega que os vereadores estejam com mais pressa para terminar as sessões. "Todas as retiradas tiveram um motivo, principalmente nos projetos que vêm do prefeito. Os que são retirados é porque precisam de adequações antes de serem discutidos ou votados", afirma. "Não há nenhuma retirada simplesmente porque quero acabar mais cedo a sessão", defende-se. "Aliás, a sessão termina e eu fico na Câmara até mais tarde. Você acha mesmo que os vereadores querem ir embora mais cedo?", devolve.

Vice-candidato a prefeito na chapa de Antonio Belinati, o vereador Fernando Nicolau (PP) confirma a tentativa de "fazer com que a sessão seja mais rápida". "Concordo que é por causa do período eleitoral. Todo mundo está fazendo campanha", escancara. Segundo ele, "a pauta poderia ser melhor". Mas Nicolau assegura que tudo "voltará ao normal" após o primeiro turno. "Apesar da sessão acabar cedo, fico aqui atendendo o eleitorado no gabinete", garante.

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