Geraldo Cartário pretende substituir filha na disputa pela prefeitura
O deputado estadual Geraldo Cartário (PDT) afirmou nesta quarta-feira (4) que tem ambições de disputar a prefeitura de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. No entanto, Cartário está com um problema eleitoral e não pode concorrer às eleições do dia 5 de outubro. Em reunião nesta quarta-feira, o PDT de Fazenda Rio Grande decidiu esperar a conclusão da perícia da polícia científica, sobre a tentativa de homicídio de Tuca Cartário, que aconteceu na noite de domingo (31).
Atingido por um tiro na coxa quando deixava um ato político, na noite de terça-feira (2), o candidato a vice-prefeito de São Bernardo, ex-deputado Edinho Montemor (PSB), descartou nesta quarta-feira (3) qualquer possibilidade de ter sido vítima de atentado político. Integrante da chapa encabeçada pelo deputado estadual Orlando Morando (PSDB), Edinho atribuiu o ocorrido a uma fatalidade. No meio da tarde ele recebeu a visita de solidariedade, no hospital, do candidato a prefeito pelo PT, o ex-ministro do Trabalho Luiz Marinho.
Tranqüilo, Edinho contou que deixava um encontro político, do qual participaram também Morando e o prefeito William Dib (PSB), em conhecida casa de shows da cidade, quando viu uma briga entre jovens. "Essas brigas de tribo", explicou. "Como um rapaz estava sendo espancado, fui apartar, e nesse momento ouvi vários disparos seguidos de forte dor na perna." Edinho foi levado ao Pronto-Socorro Municipal de São Bernardo e de lá para o Hospital Brasil, particular, em Santo André. "Vim para cá porque o convênio cobre e aqui eu posso receber vocês", disse, justificando o fato de não ficar no hospital público de sua cidade.
Edinho disse não ver a necessidade de passar a andar com seguranças depois do ocorrido: "Nunca andei com seguranças e não vou andar agora, isso foi só uma fatalidade." Ele afirmou que saiu um pouco antes do evento na casa de shows porque pretendia comemorar com a mulher os 30 anos de casados. Ele deve deixar o hospital amanhã (4) e pretende voltar a fazer campanha na próxima semana.
O candidato também negou a possibilidade de haver relação entre o tiro que levou e o tumulto registrado na mesma noite, momentos antes, na Universidade Metodista. Lá, alguns estudantes tentaram protestar na reunião em que Luiz Marinho lançava seu programa de governo, ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e foram agredidos por militantes petistas. Os alunos da Metodista afirmaram que só queriam mostrar um cartaz com a frase: "Bela maneira de falar de educação: atrapalhando a nossa."
Luiz Marinho deixou o hospital bastante tranqüilo após conversar com o adversário e brincou com o fato de ele ter sido internado no quarto 313. "É o final 13, não tem jeito, e ele bem que pediu para mudar para 45, mas não teve como", disse o ex-ministro.
Para a polícia, a hipótese mais provável é que o candidato tenha sido vítima de crime comum, sem relação com a campanha política.
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