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Somente em nove das 26 capitais estaduais o candidato apoiado pelo governador do estado aparece na liderança das pesquisas de intenções de voto. Além disso, desses nove, seis são atuais prefeitos que disputam a reeleição. Para o cientista político Ricardo Costa de Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná, o apoio do governador não significa transferência de votos para o candidato. "Depende do cenário de cada estado e das questões políticas."

É o caso de Curitiba, onde o candidato Reitor Moreira (PMDB), apoiado pelo governador Roberto Requião (PMDB), soma 1% das intenções de voto na última pesquisa Ibope (divulgada em 10 de setembro) e também na do Datafolha (em 6 de setembro).

"O apoio do governador foi explícito, mas a rejeição tem sido muito grande, e o apoio de Requião não tem proporcionado praticamente nenhuma transferência, uma vez que o candidato Moreira ainda não conseguiu passar de 2% na melhor das pesquisas", disse o cientista político.

Entretanto, Moreira disse ao G1 que considera "vital" o apoio do governador. "No Paraná, ele tem uma liderança incontestável, especialmente no segmento de mais baixa renda. Na medida que ele aparece junto comigo nos programas eleitorais, a gente vai conseguindo votos."

Segundo Moreira, "não há uma transferência imediata" porque o eleitor ainda não o conhece. "Existe uma simpatia, mas a minha grande dificuldade é falta de conhecimento. Eu não sou um político profissional e esta é minha primeira campanha política."

Já em Rio Branco (AC), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC) e Recife (PE), o candidato governista aparece em primeiro ou divide a liderança nas pesquisas de intenções de voto.

Porém, em Florianópolis e Vitória, o apoio dos governadores Luiz Henrique da Silveira (SC) e Paulo Hartung (ES) é apenas formal, já que eles não têm participado efetivamente da campanha de Dário Berger (PMDB) e João Coser (PT), respectivamente.

Rio e Belo Horizonte

Enquanto em Curitiba o apoio não fez o candidato do PMDB deslanchar nas pesquisas de intenções de voto, os candidatos Eduardo Paes (PMDB) e Márcio Lacerda (PSB) relacionam o crescimento no Rio e Belo Horizonte, respectivamente, ao apoio do governador de seu estado.

Na capital mineira, Márcio Lacerda, que é apoiado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), somava 9% na pesquisa Ibope entre 11 e 13 de agosto, mas, no último levantamento do instituto (8 e 10 de setembro), aparece com 42%.

"Você tem uma combinação de fatores, mas o apoio do governador Aécio Neves foi um dos elementos mais importantes", disse Lacerda, sobre o crescimento que teve nas intenções de voto após o horário eleitoral, que começou em 19 de agosto.

Na capital fluminense, Eduardo Paes, que tem o apoio de Sérgio Cabral (PMDB), passou de 12%, em pesquisa Ibope entre 12 e 14 de agosto para 27% (empatado tecnicamente com Marcelo Crivella, com 23%) no último levantamento do instituto, entre 9 e 11 de setembro.

"Eu devo muito ao apoio do governador Sérgio Cabral", afirmou Paes. "Não só pela força eleitoral do governador na cidade do Rio, mas pelo sinal claro que, finalmente, você poderá ter governos que trabalham juntos", destacou o peemedebista.

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