Mesmo com a chuva que atinge a capital paulista desde o início da madrugada deste domingo (5), por volta das 7h30, meia hora antes do início da votação, já havia mais de dez pessoas na fila em frente à 1ª Zona Eleitoral da cidade, situada no nº 900 da Avenida Paulista. O primeiro a chegar ao local foi o zelador Antônio Evenâncio da Silva, de 63 anos.

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Ele disse que sentou às 6h15 nas escadarias do prédio da Cásper Líbero, acompanhado de dois colegas para aguardar a abertura da 3ª seção, onde vota há 15 anos. "Vou votar por mais pelo menos uns 30 anos. Só paro quando morrer", disse. Silva saiu do serviço e foi direto para a zona eleitoral.

Na mesma fila em que estava o zelador, as gêmeas Ana Clara e Maria Cleide Almeida, de 29 anos, aguardavam a abertura dos locais de votação para justificar o voto. "Somos da Bahia e moramos aqui há quatro anos, mas ainda não transferimos o título", contou Ana Clara. Segundo Maria Cleide, ambas pensam em voltar para o Nordeste e, por isso, não transferiram o título. Questionadas sobre o porquê de terem chegado tão cedo para votar, as duas disseram: "para nos livrar logo. De repente começa um tumulto às 8h." E, exatamente às 8h, quando os portões se abriram, já havia mais de 30 pessoas, distribuídas em duas filas, uma no térreo e outra no primeiro andar do prédio.

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A correria foi grande, mas não houve tumulto. O primeiro a votar na 1ª seção foi o desempregado Almero Andrade Matos, de 60 anos. Após registrar sua opção na urna, ele disse que essa já é a terceira vez que é o primeiro a votar em sua seção. "Essa é uma tradição minha (votar cedo) desde que eu cheguei nessa terra. Sou do Maranhão, mas me mudei para cá há 35 anos. Mesmo sem necessidade, enquanto eu puder votar, eu voto."

Já o zelador Antônio Evenâncio, o primeiro da fila, antes da abertura dos portões, acabou sendo o terceiro a votar na 3ª seção da 1ª zona.