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O ex-governador e candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, votou às 10h50 deste domingo (5) na Zona Eleitoral do Colégio Santo Américo, no bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo.

Alckmin tenta reagir ao resultado das pesquisas de intenção de voto, que o apontam como terceiro colocado, logo atrás do candidato do DEM, o atual prefeito, Gilberto Kassab. Kassab saiu de 13% em 4 de julho para 30% às vésperas da eleição - crescimento de 17 pontos percentuais. Alckmin estava com 31% em 4 de julho e chegou a 21% em 30 de setembro - queda de 10 pontos percentuais.

Trajetória

Candidato derrotado à presidência da República em 2006, Alckmin rejeitou apoiar Kassab nas eleições deste ano em troca de uma vaga para concorrer a governador em 2010 - oferta que alinharia os tucanos pró-Alckmin com o projeto de candidatura do governador José Serra à Presidência da República também em 2010, como afirmam o líder dos tucanos na Câmara Municipal, Gilberto Natalini e o secretário municipal de esportes, Walter Feldman.

Decidido a enfrentar o grupo tucano que apóia Kassab, Alckmin obteve apoio de 89% dos militantes que foram à convenção do PSDB em julho, mas o placar não resolveu os problemas do candidato. O tucano obteve apoio do PTB e indicou como vice o deputado Campos Machado, líder do partido e aliado histórico do PSDB em São Paulo.

Ante afirmações de que sua candidatura ficou isolada dentro do PSDB, Alckmin conseguiu declarações de apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador de Minas Gerais, Aécio Neves. O governador José Serra, entretanto, participou uma única vez de evento ao lado do candidato tucano - durante jantar de comemoração dos 20 anos do partido.

Desgastado, Alckmin trocou o marqueteiro de sua campanha a três semanas do primeiro turno, elevou as críticas a Kassab, explorou suas relações com os ex-prefeitos Celso Pitta e Paulo Maluf, além de mostrar sua aliança com o ex-governador Orestes Quércia, o que lhe rendeu desgastes com o ex-governador. Os ataques não impediram o crescimento do democrata e nem a queda do tucano.

Aliados em São Paulo desde 1998, líderes do PSDB e do DEM, afirmam que os dois partidos estarão juntos no segundo turno, mas os ataques de Alckmin a Kassab devem provocar constrangimento.

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