O atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) disputarão o segundo turno da eleição para prefeito da maior cidade do país. Apurados 99,4% dos votos, aparece com 33,77% dos votos (2,03 milhões) enquanto a petista está em segundo lugar com 32,53% dos votos (1,9 milhão). Já se sabe que ambos vão ao segundo turno, mas falta decidir quem recebeu o maior percentual de votos. Alckmin aparece com 22,56% dos votos (1,3 milhão) e não pode matematicamente mais alcançar os dois primeiros colocados. Paulo Maluf (PP) aparece em quarto com 5,93% dos votos válidos e Soninha Francine tem 4,19%.
A liderança de Kassab, até agora, é uma surpresa já que em todas as pesquisas de inteção do voto do Ibope e do Datafolha a petista aparecia à frente do atual prefeito.
Pesquisa de boca-de-urna feita pelo Ibope já apontava um segundo turno entre os candidados to PT e do DEM em São Paulo.
Kassab avaliou sua ida para o segundo turno como um reconhecimento da população.
"Eu avalio com muita alegria. É um reconhecimento da cidade de São Paulo à nossa gestão. Agradeço a todos e a população paulistana pelo carinho que fui recebido neste primeiro turno. Quero cumprimentar a Justiça eleitoral pelo brilhante trabalho realizado. Cumprimentar a população e os candidatos a prefeito e a vereador, que tiveram uma participação exemplar no projeto Cidade Limpa", afirmou o prefeito.
O prefeito de São Paulo disse que os entendimentos para os apoios no segundo turno serão partidários. Perguntado se espera apoio do tucano Geraldo Alckmin, Kassab disse que a prioridade será o PSDB e o PPS, partido de Soninha Francine. O prefeito disse que os democratas delegaram a Guilherme Afif Domingos a condução desses entendimentos. Kassab afirmou que até agora não foi procurado por nenhum partido.
O prefeito também aproveitou para agradecer o apoio do governador José Serra a seu governo. Ele disse que a boa avaliação que recebeu se deve aos programas anunciados por Serra antes de deixar a Prefeitura para concorrer ao governo de São Paulo.
Kassab considerou a eleição na cidade de São Paulo, onde 8,2 milhões de pessoas votam, muito difícil. Segundo ele, os eleitores são muito conscientes e acompanham as candidaturas e as propostas dos candidatos. Portanto, diz ele, o segundo turno será uma nova eleição.
A petista Marta Suplicy disse que vai comparar sua trajetória com a de Kassab - Diário de S. Paulo A candidata pelo PT a prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, também considera o segundo turno uma nova eleição. Marta afirmou que vai insistir agora na comparação de trajetórias políticas e propostas para a cidade. Ela vai disputar o segundo turno com o democrata Gilberto Kassab, candidato à reeleição.
"Eu fui prefeita dessa cidade em um momento muito adverso. Estávamos nos últimos dois anos de Fernando Henrique Cardoso, com 10 milhões de desempregados. A cidade tinha muita carência. Recebemos da gestão Celso Pitta/Kassab uma cidade caótica em todos os sentidos financeiros e de desorganização", disse.
A petista afirmou que com uma administração criativa e inovadora deixou a cidade em uma outra situação.
"A gestão atual viveu e vive tempos de bonança econômica no governo Lula. Uma gestão que teve R$ 10 bilhões a mais de orçamento. Agora nós vamos comparar o que fizemos com R$ 10 bilhões a menos e o que eles fizeram com R$ 10 bilhões a mais" disse.
O coordenador da campanha de Marta, Carlos Zaratini, disse que os petistas têm a expectativa de conquistar parte dos votos dos aliados de Alckmin, principalmente daqueles que não aceitaram os ataques feitos ao candidato tucano por correligionários do próprio PSDB, que defenderam abertamente apoio a Kassab.
"Tem muita gente que está profundamente insatisfeita com o que aconteceu. As agressões que aconteceram por pessoas do próprio PSDB contra Alckmin. Isso cria uma situação de desconforto acirrado, que eu acho que dificilmente será revertido em sua totalidade", disse Zaratini.
Segundo ele, eleitores de Alckmin podem votar em Marta no segundo turno pela coerência da candidata e pela parceria com o próprio PSDB no passado, quando ela apoiou Mário Covas para governador. Zaratini lembrou que Covas apoiou Marta quando ela foi eleita prefeita de São Paulo.
Votação aconteceu em clima de tranqüilidade
A votação na capital aconteceu em clima de tranqüilidade e 100% dos votos foram computados em urna eletrônica. Marta e Kassab foram às urnas pela manhã. Marta Suplicy foi a primeira a votar, por volta de 9h20m, acompanhada pelos três filhos - João, Supla e André - e pela nora, Maria Paula, no Colégio Madre Alix, nos Jardins. Marta saiu da cabine alegre e posou para os fotógrafos com o título de eleitor nas mãos.
Kassab votou às 9h40m no Colégio Santa Cruz, em Pinheiros. Solteiro e sem filhos, votou acompanhado por uma sobrinha. Logo depois de votar, ele e a criança fizeram "V" de vitória. No café da manhã com jornalistas e correligionários, Kassab disse que acredita em um entendimento com o PPS da candidata Sonia Francine, a Soninha no segundo turno. O caminho para uma aliança com o PPS no segundo turno, segundo ele, "é natural".
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Deixe sua opinião