Ao participar das primeiras horas de votação em municípios da Amazônia brasileira, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, comandante Militar da Amazônia, disse hoje (5) que a presença das Forças Armadas na região evidencia a falta de efetivo de outros órgãos de segurança pública. Ele classifica o processo de eleição como calmo e tranqüilo e diz que o trabalho das tropas funciona apenas como uma medida preventiva para desincentivar qualquer tipo de atividade ilícita ou de crime eleitoral.
Atendemos aos pedidos do Tribunal Superior Eleitoral que, por sua vez, repassou o que tinha sido solicitado pelos tribunais regionais dos diferentes estados aqui da Amazônia e estamos hoje com bastante gente participando. Logicamente que, se tivesse um grande efetivo de Polícia Militar, Civil e Federal, talvez não houvesse necessidade das Forças Armadas, afirmou, em entrevista Rádio Nacional.
De acordo com o general Augusto Heleno Ribeiro Perreira , um total de 37 municípios no estado do Amazonas, 103 no Pará e sete no Amapá, além de diversas localidades em Roraima (mais de uma por município) contam com a fiscalização e o acompanhamento de homens das Forças Armadas. Não foi nem para segurança mas para a distribuição de urnas. Temos uma presença efetiva nas eleições.
Além de qualquer ato de vandalismo, as tropas, segundo o comandante, podem intervir em casos onde qualquer juiz eleitoral acionaria as força de segurança locais como a distribuição de propaganda eleitoral nas seções, a utilização de bandeiras de partidos políticos ou de candidatos próximo aos locais de votação e o transporte ilegal de eleitores crimes catalogados na lei eleitoral.
Em relação ao município de Pacaraima (RR), ele reforçou que um pelotão foi alojado praticamente dentro da cidade e que as tropas estão tranqüilas quanto ausência de problemas na região da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, palco recente de conflitos entre agricultores e índios pela demarcação da área de 1,7 milhão de hectares da reserva.
O pessoal tem juízo. Nosso povo é pacato, não vai querer confusão, tenho certeza. Vai ser mais uma festa da democracia. Votar é o exercício mais nobre do regime democrático, onde o povo consegue colocar a sua vontade para valer. Temos que zelar para que isso aconteça com absoluta tranqüilidade, para que ninguém sofra constrangimentos ou pressão.
Nas últimas eleições municipais, em 2004, cerca de 40 pessoas ficaram detidas na delegacia do município no dia do pleito a maioria por boca-de-urna e por transporte ilegal de eleitores.
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