A falta de alternativas de comunicação em mais de mil pontos concentrados nas Regiões Norte e Nordeste e em outra pequena parte na Região Centro-Oeste poderá ser responsável por um atraso na apuração dos resultados das eleições municipais.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesses pontos a transmissão dos dados será feita via satélite, mas com uma velocidade mais baixa devido ao alto custo da transmissão. Essa falta de comunicação poderá fazer com que nem todos os eleitos sejam conhecidos ainda no dia 5 de outubro, data do pleito.
O Brasil tem 400 mil seções eleitorais. Cada uma delas enviará um arquivo digital com o resultado da votação para os cartórios eleitorais, que transmitirão os dados que constam nos boletins de urna para os TREs. Posteriormente, os arquivos serão levado até um ponto de transmissão da rede onde serão totalizados.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, informou que em cidades que possuem infra-estrutura de transmissão, o procedimento é rápido. No entanto, o TSE prevê dificuldades de transmissão em 15% a 20% dos municípios mapeados como pontos sem comunicação adequada.
"Isso vai impedir que se feche 100% no mesmo dia da eleição. Mas, mesmo assim, há possibilidade de se ter os resultados", disse o secretário
De acordo com o secretário, imprevistos como a má gravação no disquete também podem atrasar a totalização dos dados. Nesse caso, pode haver a necessidade de se retornar ao local em que está a urna para refazer a gravação. Em 2006, ocorreu uma falha no sistema de satélite no Amazonas e foi necessário que o arquivo fosse transportado de barco. De acordo com o TSE, esse imprevisto fez com que os dados demorassem quase 24 horas para chegar.
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