Belo Horizonte, Brasília e Rio - O ex-governador de Minas Gerais e senador eleito Aécio Neves (PSDB) rechaçou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, qualquer ligação com o episódio da quebra do sigilo fiscal de pessoas vinculadas ao presidenciável José Serra (PSDB). Aécio alegou que ele não tem qualquer relação com o episódio e a prática de quebra de sigilo nunca fez parte de sua trajetória política, "em mais de 20 anos de vida pública".
Já o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, também em nota divulgada ontem, acusou o PT de ter em seu DNA o "desrespeito a legalidade" ao negar autoria de dossiê contra familiares de Serra e de dirigentes tucanos.
Guerra disse que a confirmação de que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. foi quem obteve os dados sigilosos mostra que o PT tem como prática a criação de grupos de espionagem. "Não ocorreram nos governos do PSDB violações de sigilos bancários, das quais foi vítima o caseiro Francenildo. Também não foram nas administrações do PSDB que nomearam Erenice Guerra e apagaram fitas de segurança do Planalto", disse.
Guerra afirma, na nota, que o PT "na sua enorme arrogância acha que o Brasil é feito de tolos" ao criar o "factoide" de que Aécio teria envolvimento com o jornalista. "A poucos dias das eleições, justamente no momento em que José Serra e Aécio Neves percorrem juntos o Brasil na defesa de um país mais ético e mais justo, o PT tenta ressuscitar mais um factoide que tem como único objetivo tentar provocar a divisão das forças que se unem pela vitória de José Serra".
O deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), acusado por Ribeiro Jr. de ter fabricado um dossiê contra Aécio, negou a denúncia. "Não sou araponga. Quando fui delegado, fazia investigação em inquérito aberto, não espionagem, para por na cadeia criminosos do calibre desses sujeitos que formam essa camarilha incrustada no PT", afirmou, em nota.
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