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“A minha assinatura não vai em qualquer documento que alguém põe na minha frente e fala: assina. Porque isso é desrespeitoso", Dilma Rousseff (PT), candidata à Presidência | Evaristo Sá / AFP
“A minha assinatura não vai em qualquer documento que alguém põe na minha frente e fala: assina. Porque isso é desrespeitoso", Dilma Rousseff (PT), candidata à Presidência| Foto: Evaristo Sá / AFP

Repercussão: Marina Silva minimiza apoio de integrante do partido à petista

Rio de Janeiro - A senadora Marina Silva (PV-AC) minimizou a decisão de parte do PV de apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. Depois de o partido optar pela neutralidade na disputa entre a petista e José Serra (PSDB), Marina disse que "cada integrante do partido tem sua posição individual". Entre os "verdes" que participaram ontem do ato em apoio a Dilma estavam um dos coordenadores da campanha de Marina à Presidência, Pedro Ivo, seis deputados federais do PV, incluindo Sarney Filho (ex-ministro do Meio Ambiente de FHC) e uma das filhas de Chico Mendes, Ângela, que se sentou ao lado da candidata. A viúva do líder seringueiro, Ilzamar Mendes, madrasta de Ângela, apoia Serra.

Questionada sobre a declaração de voto de Pedro Ivo, Marina reagiu: "Ele não foi coordenador da minha campanha". Mas evitou se estender nos comentários sobre o apoio de uma ala do PV a Dilma.

Folhapress

Brasília - Em ato marcado por protestos do Greenpeace e pela euforia da militância, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, apresentou ontem o seu programa de governo para o meio ambiente. Na solenidade, realizada num auditório lotado do Hotel Nacional, em Brasília, ela recebeu o apoio de lideranças do PV, do "Movimento Marina" e de ambientalistas.

Militantes da organização não governamental (ONG) Green­peace interromperam o discurso de Dilma para fazer um protesto contra o que consideram falta de comprometimento sério dos candidatos a presidente com o meio ambiente e a política ambiental.

Os ativistas se posicionaram diante de Dilma e estenderam um banner com a pergunta: "Desma­­­tamento zero e lei de renováveis: você assina embaixo?" Em seguida, estenderam um documento e ofereceram uma caneta, para que ela assinasse o compromisso.

Indignados, os militantes pró-Dilma tentaram conter o protesto, aos gritos de "fora tucanos" e "Brasil urgente, Dilma presidente". Dilma interveio e pediu aos militantes que deixassem os ativistas do Greenpeace defender sua posição. Em seguida, respondeu que não assinaria o documento.

"Não faço leilão para ganhar apoio. Eu afirmo o compromisso de redução do desmatamento de 80% da Amazônia. Não faço promessa fácil e nem quero ganhar nada que eu não posso olhar para vocês nos olhos e dizer: eu prometi, eu cumpri", afirmou a candidata. "A minha assinatura não vai em qualquer documento que alguém põe na minha frente e fala: assina. Porque isso é desrespeitoso."

Quando a cerimônia terminou, Dilma foi indagada sobre o que achava da reivindicação do Greenpeace, de desmatamento zero. Respondeu, no meio do tumulto e dos empurrões já corriqueiros nesses momentos: "É demagógica". Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace, disse que a ONG já havia apresentado a proposta para Dilma. Ele afirmou que, ao compará-los aos tucanos, o PT agiu com truculência e intolerância em relação aos manifestantes.

Ao receber o apoio de parte do PV, Dilma comprometeu-se a ter tolerância zero com o desmatamento, mas descartou o desmatamento zero na Amazônia, levando em consideração que a região precisa ter um desenvolvimento econômico sustentado.

Ela disse que a meta de seu governo, se vencer a eleição, é a mesma que o Brasil apresentou em Copenhague de redução do desmatamento na Amazônia a 80% e no Cerrado a 40%.

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