O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (6), em Birigui, no interior do Estado, que a oposição não encontra ressonância nas críticas que faz aos governos tucanos do Estado nos últimos 16 anos. "A oposição fala, fala, fala mal, mas não repercute nada", afirmou o Alckmin ao responder aos jornalistas sobre as críticas do candidato do PT, Aloizio Mercadante. Segundo Mercadante, o governo paulista perdeu o controle do sistema prisional. "A oposição não vai falar bem do meu governo, a tarefa dela é falar mal, mas que tarefa ingrata essa", disse Alckmin.

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O ex-governador também criticou o governo federal ao responder perguntas sobre a insatisfação dos paulistas com os preços dos pedágios das estradas estaduais. Alckmin descartou mudanças, mas disse que problemas pontuais serão resolvidos caso a caso e deu exemplo de como o dinheiro das concessões é investido na pavimentação de 12 mil estradas vicinais e em obras de segurança. Mas para completar, Alckmin comparou as estradas federais com as de São Paulo.

"As estradas federais estão cheias de pedágios, mas estão caídas. Aqui perto, a BR-153 é pista única e está cheia de pedágios. A Régis Bittencourt faz três anos que é chamada rodovia da morte, e a Fernão Dias está caída, mas cheia de pedágios. Aqui em São Paulo estão as 10 melhores estradas do País, duplicadas e com segurança", declarou Alckmin, que antes da entrevista visitou obras de duplicação da rodovia Roberto Rolemberg, cujas obras foram iniciadas no governo de José Serra.

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Sobre seu companheiro de partido e candidato à Presidência, Alckmin disse que ele foi o melhor do debate. "O debate foi respeitoso e procurou esclarecer a população sobre temas importantes. O Serra foi melhor, porque conseguiu esclarecer os pontos e responder as perguntas e é mais experiente; acho que o Serra foi muito bem", disse.

Para Alckmin, Serra deverá vencer as eleições, mas de maneira apertada. "Ele tem todas as condições de chegar ao segundo turno e, chegando no segundo turno, ganhar a eleição. É uma eleição disputada, olho a olho, mas acho que ele tem muitas chances, principalmente depois que chegar o horário eleitoral, quando ele esclarecerá as dúvidas da população e apresentará seu plano de governo", disse Alckmin.

Propostas

Alckmin prometeu colocar mais policias militares nas ruas. Segundo ele, a intenção é melhorar os salários dos PMs e aumentar em 6 mil o número de policiais nas ruas em quatro anos. "Serão seis mil no Estado e grande parte no interior. Hoje temos em torno de 94 mil PMs, estamos falando então em 7% do efetivo do Estado", disse.

O ex-governador também prometeu ampliar a política de redução da carga tributária e instalar grandes centros de qualificação profissional para empregar principalmente mulheres e jovens.

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