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Enquanto o PR do Rio de Janeiro mantém suspense sobre a posição no segundo turno da eleição presidencial, outros partidos da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acentuaram as divisões internas, com novas adesões à campanha do tucano José Serra.

Com um pé em cada canoa, PMDB, PP e PTB deixam as portas abertas para se aproximar do futuro governo, seja ele do PT ou do PSDB. No Rio Grande do Sul, os peemedebistas, depois da neutralidade do primeiro turno, indicaram o voto em Serra e se associam a grupos dissidentes como os liderados pelos ex-governadores Orestes Quércia em São Paulo, Jarbas Vasconcelos em Pernambuco e Luiz Henrique em Santa Catarina.

"No caso do Rio Grande do Sul, é natural a aliança do PMDB com o PSDB. A neutralidade do primeiro turno foi feita em favor de Michel Temer (presidente do PMDB e candidato a vice de Dilma Rousseff). Michel cortou uma parte da nossa ponte com o PSDB. Reduziu de seis pistas para cinco, mas não foi desfeita. É normal que o PMDB seja chamado para conversar e isto vale para a vitória de Dilma ou de Serra", diz o deputado serrista Eliseu Padilha (PMDB-RS).

O PP tem 22 diretórios favoráveis a Dilma Rousseff (PT), também apoiada pelo presidente nacional da legenda, Francisco Dornelles (RJ). No Paraná, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, no entanto, a legenda está com o presidenciável tucano. "O PP não está desunido, está livre", define Dornelles, lembrando que a posição oficial do partido, decidida em convenção, foi de não se coligar a nenhuma candidatura.

O PTB é outro partido com aliados dos dois lados. Depois de aprovar em convenção apoio a Serra, apesar de líderes regionais como os senadores Fernando Collor (AL) e Gim Argello (DF) estarem com Dilma desde o primeiro turno, o presidente do partido, Roberto Jefferson (RJ), rompeu com Serra, anunciou o voto em Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) em 3 de outubro e foi voto vencido na decisão da legenda de manter a coligação com os tucanos.

Seja Serra ou Dilma o futuro presidente, Jefferson aposta no diálogo com o PTB."O senador Gim Argello é o relator do Orçamento de 2011. É claro que o presidente eleito vai ter que conversar com ele, seja quem for", diz.

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