O candidato ao governo do Paraná Beto Richa (PSDB) reconheceu na quarta-feira (2) a grande popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse acreditar que o apoio do petista ao opositor Osmar Dias (PDT) não terá reflexo no estado. "Não acredito na transferência de votos", disse o tucano durante sabatina da Folha de S. Paulo e do UOL, em Curitiba.
Segundo Richa, em 2008, na eleição para a prefeitura de Curitiba, o presidente não conseguiu transferir sua popularidade para a então candidata Gleisi Hoffmann (PT). Richa venceu a disputa com 77% dos votos.
O tucano disse ainda que "caminha com próprias pernas, tem "ideias próprias", não precisa de ninguém "ficar soprando no ouvido o que tem que dizer", não é "boneco de ventrículo" nem "biruta de aeroporto". As círticas foram em alusão aos apoios que o opositor Osmar recebe no plano estadual, do ex-governador Roberto Requião (PMDB), e no nacional, do presidente Lula. "Meu adversário está o tempo todo 'porque a Dilma, porque a Dilma, porque a Dilma'."
Richa negou que esteja escondendo o candidato à presidência José Serra (PSDB). "Ele aparece nos meus programas eleitorais", disse Richa. A imagem de Serra é usada conforme a equipe de comunicação da coligação de Richa acha adequado, disse o candidato ao governo. "Onde vou peço votos para o Serra."
Com relação às críticas de Osmar, o tucano disse que "o tiro irá sair pela culatra e irá aumentar a rejeição" de Osmar. "E eu vou crescer", completou Richa. Quando foi sabatinado, na quarta-feira (1º), Osmar criticou o fato de Richa ter saído da prefeitura e deixado obras "inacabadas".
Já o tucano disse que saiu da prefeitura porque essa era uma demanda da população e que deixou na prefeitura uma equipe brilhante para dar continuidade aos programas de governo registrados em cartório, durante a campanha de 2008.
Leia mais sobre a sabatina de Beto Richa na Gazeta do Povo desta sexta-feira (3).
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