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Serra: governo federal maquia números para beneficiar Dilma Rousseff | Marcos Brandão / O Brito News
Serra: governo federal maquia números para beneficiar Dilma Rousseff| Foto: Marcos Brandão / O Brito News

Proibida a consulta a processo da prisão de Dilma

Brasília - O Superior Tribunal Militar (STM) proibiu a consulta ao processo que levou a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, à prisão durante a ditadura militar. Segundo nota divulgada ontem pela assessoria de imprensa do STM, além de resguardar a vida privada, a medida tem o objetivo de evitar a exploração política dos dados durante o período eleitoral.

Reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo informou que o processo está trancado num cofre da presidência do STM. Nele, há informações como fichas, fotos, depoimentos e relatórios sobre a militância política de esquerda de Dilma naquela época.

Agência Estado

Brasília e São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, e sua coligação iniciaram ontem uma ofensiva mais agressiva contra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff – que aparece com 16 pontos de vantagem sobre o tucano na pesquisa eleitoral Vox Populi divulgada ontem.

Serra acusou a petista de plagiar propostas apresentadas por ele e cobrou uma posição pública de Dilma sobre a relação que o Brasil mantém com o governo do Irã, considerado autoritário. Já a coligação do tucano ingressou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a suspensão imediata do programa de rádio "Café com o Presidente" – alegando que, nele, Lula faz "am­­pla divulgação" de ações do governo federal, o que beneficiaria sua candidata.

Cópia de propostas

"Eu faço propostas e dali dois a três meses a candidata do PT vem e faz a mesma proposta. Já são sete. Estou fazendo uma coleção", disse ontem Serra. "O importante não é a cópia. Eu só queria às vezes o direito autoral." Entre as cópias de Dilma, o tucano mencionou o projeto Mãe Cegonha – que, segundo ele, seria uma cópia do programa Mãe Paulistana, criado quando ele era prefeito de São Paulo, inspirado por sua vez no programa Mãe Curitibana, implantado pela prefeitura de Curitiba. "Eu não faria uma lei para proibir cópias. Mas fica mais elegante dar o crédito. Não precisa pagar o direito autoral", ironizou Serra.

Ex-ministro da Saúde, Serra também disse que Dilma recebe números "maquiados" do governo em sua campanha. O candidato afirmou que o Ministério da Saúde maquiou números, inflando a quantidade de cirurgias realizadas no país nos últimos anos, para beneficiar Dilma. "Houve encolhimento das principais cirurgias eletivas nos últimos anos, até de cataratas, apesar dos truques que o Ministério da Saúde assessorando a candidata tem feito."

Carinho por Ahmadinejad

Serra também acusou ontem o governo federal de manifestar "carinho e amizade puramente eleitoral" pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, no episódio da oferta de asilo à viúva iraniana condenada à morte por apedrejamento. O tucano cobrou que Dilma se manifeste publicamente sobre o governo iraniano. "Ela é que tem que explicar por que nunca reclamou do Irã e, agora, o Irã é uma ditadura. Ela nunca disse uma palavrinha áspera com relação àquela ditadura fascista e feroz", afirmou.

Já a coligação de Serra ingressou no TSE para barrar o programa de rádio "Café com o Presidente", transmitido todas as segundas-feiras. A Lei Elei­­­toral proíbe agentes públicos de práticas que afetem a igualdade de oportunidades entre os candidatos em uma eleição. Foi com base nesse argumento que os tucanos pedem a suspensão do programa.

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