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Balbinotti: R$ 1 milhão para sua própria campanha de reeleição | J. Freitas/Ag. Câmara
Balbinotti: R$ 1 milhão para sua própria campanha de reeleição| Foto: J. Freitas/Ag. Câmara

Para alguns, gasto supera receita

A candidata ao Senado Gleisi Hoffmann (PT) gastou na campanha quase três vezes mais do que arrecadou até agora. Segundo a primeira prestação parcial de contas apresentada pela candidata à Justiça Eleitoral, ela desembolsou R$ 913,4 mil, mas arrecadou R$ 367,5 mil.

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A autodoação de dinheiro é a forma de financiamento de campanha mais recorrente entre os candidatos paranaenses a reeleição para cargos legislativos nesta campanha eleitoral. Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos à reeleição para a Câmara dos Deputados ou à Assembleia são os maiores doadores desta eleição, investindo grandes quantias em suas próprias campanhas (ver tabela ao lado).

Entre os candidatos a um novo mandato na Câmara, quem mais colocou dinheiro do próprio bolso foi o deputado Odílio Balbinotti (PMDB). Agropecuarista, Balbinoti doou a si mesmo cerca de R$ 1 milhão – o que torna sua campanha, até o momento, a mais cara entre todas os candidaturas paranaenses para cargos de deputado.

Segundo a assessora financeira da campanha de Balbinotti, Míriam Miguel, caso a soma arrecadada não seja suficiente para os próximos dois meses de campanha, o candidato já afirmou que fará um novo aporte. "As campanhas são dinâmicas. Se for necessário, o deputado fará mais investimentos. Ele não aceita doações de fora pois não gosta de ficar devendo obrigação a ninguém", garante Míriam. De todo o valor arrecadado até agora na campanha de Balbinotti cerca de R$ 400 mil já foram gastos – a maior parte na impressão de material gráfico, locações de imóveis para comitês e gastos com transporte.

No outro extremo das autodoações de deputados federais, Hidekazu Takayama (PSC) declarou ao TSE a arrecadação de apenas R$ 1,00 – doado por ele mesmo. Até agora, esse é o valor divulgado como o único gasto de campanha de Takayama, classificado na declaração ao TSE no item "despesas diversas a especificar". Procurada pela reportagem da Gazeta do Povo, a assessoria de Takayama não retornou as ligações.

Da atual bancada paranaense em Brasília, 27 dos 30 deputados vão tentar um novo mandato. Dos que estão na disputa, Alceni Guerra (DEM) e Dr. Rosinha (PT) não entregaram a prestação de contas ao TSE. Andre Zacharow (PMDB), Cesar Silvestri (PPS) e Luiz Carlos Hauly (PSDB) declararam que ainda não tiveram qualquer arrecadação ou gasto nas respectivas campanhas.

Deputados estaduais

Entre os candidatos a um novo mandato na Assembleia Legis­­­lativa, o recordista em arrecadação é Alexandre Curi (PMDB). O atual primeiro-secretário, além de outras doações recebidas, colocou R$ 400 mil em recursos próprios na sua campanha. Curi afirma que a doação serve como uma ajuda financeira para esse início de campanha. O primeiro-secretário da Assembleia diz que espera arrecadar cerca de R$ 1 milhão na eleição deste ano. Plauto Miró (DEM) também investiu, assim como Curi, R$ 400 mil do próprio bolso em sua campanha de reeleição.

Segundo o professor de Ciên­­­­cia Política Ricardo Oliveira, da UFPR, o alto investimento nas próprias campanhas feitas por parlamentares mostra a vantagem que os deputados têm em relação aos demais candidatos. "Quem não é parlamentar fica em grande desvantagem em relação aos que detêm este capital político e econômico", diz Oliveira.

De acordo com a legislação eleitoral, os comitês financeiros precisavam apresentar até a última terça-feira o primeiro balanço parcial de arrecadação e gastos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na sexta-feira, a Justiça Eleitoral tornou públicas as informações. Neste primeiro balanço, no entanto, ainda não está indicado quem são financiadores "externos" que fizeram doações aos candidatos. Pela lei, esses nomes só precisam ser divulgados no dias 2 de novembro, após as eleições, quando TSE divulgará a prestação de contas consolidada de todas as campanhas.

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