O setor financeiro, mais especificamente os bancos, estão entre os principais doadores da campanha presidencial até agora. De acordo com informações colhidas pelo jornal O Estado de S. Paulo junto às coordenações das campanhas e aos respectivos comitês financeiros, os bancos foram os doadores mais generosos neste primeiro mês da corrida eleitoral.
Os comitês financeiros teriam de apresentar até terça-feira (4) o primeiro balanço parcial de arrecadação e gastos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Somente na sexta-feira (6) a Justiça Eleitoral tornará públicas as informações. Neste balanço, no entanto, ainda não estará discriminado quem são os doadores, o que ocorrerá na primeira prestação de contas consolidada, em 2 de novembro.
No caso do candidato à Presidência do PSDB, José Serra, foram arrecadados R$ 3,6 milhões junto a cerca de meia dúzia de grandes doadores. A maior parte deles veio do setor financeiro. O partido não contou com nenhuma doação de pessoa física até o dia 29 de julho, quando foi fechado o primeiro balanço enviado para a Justiça Eleitoral. Questionado ontem sobre o ritmo de sua arrecadação, Serra afirmou: "Preocupa. Mas espero que os recursos entrem. Às vezes, tem muito atraso nisso."
Depois do escândalo do mensalão em 2006, que o próprio PT atribuiu a distorções do sistema que levam ao caixa 2 de campanha, o partido trata do tema com absoluta reserva. Mas é o que conseguiu levantar mais recursos para a campanha eleitoral - até o momento, R$ 11,6 milhões. O valor supera em três vezes o que o principal adversário, José Serra, tem em caixa, e em duas vezes e meia as doações que o comitê financeiro de Marina Silva conseguiu recolher.
PV
No período de 10 de junho a 27 de julho, a campanha da senadora Marina Silva, do PV, arrecadou R$ 4,65 milhões. As despesas chegaram a R$ 3,58 milhões. O maior doador individual foi o empresário Guilherme Leal, sócio da Natura - empresa do setor de cosméticos - e candidato a vice-presidente na chapa do PV. Ele doou R$ 1 milhão como pessoa física.