O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje, em Foz do Iguaçu (PR), onde acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, está querendo ganhar a eleição com apenas sete votos dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Evidentemente que isso não é possível", afirmou. O PSDB tenta suspender a candidatura de Dilma Rousseff (PT) em razão de denúncias de quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB por meio da Receita Federal.
Para Bernardo, a atitude somente vai manchar o currículo de Serra. "Ele começou a campanha querendo comparar currículos e vai acabar destruindo totalmente o currículo dele, que é até uma história de vida, 50 anos de vida pública", disse. "Agora sentiu que está mal, não tem proposta, não tem discurso, está feio pra caramba na campanha, com uma cara horrível, os aliados não estão apoiando." Segundo Bernardo, "aparentemente, ele desistiu dessa comparação de currículo".
O ministro reconheceu que o caso do vazamento de dados é "muito sério". "Estamos seguros de que a Receita vai fazer todas as apurações, vai levar esse caso para a Justiça, vai fazer punição de quem tiver que fazer", afirmou. "Agora, é uma leviandade colossal o Serra ficar apontando aquele dedinho dele para a Dilma ou quem quer que seja." Como Lula, Bernardo também usou metáfora futebolística para analisar a situação. "Ao invés de ir na bola, ele (Serra) resolveu ir na canela, no meio da perna do adversário", disse. "Acho que ele vai se enterrar."
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